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Quero uma festa punk: 40 anos de Replicantes

Uma verdadeira festa punk, esse foi o clima do que se viu no bar Opinião na noite de quinta-feira, 15 de agosto, quando Os Replicantes subiram no palco praticamente 3 meses depois da data original da celebração dos seus 40 anos.

Infelizmente a data original, 16 de maio, acabou sendo adiada devido as enchentes no Rio Grande do Sul, passado o sufoco, lá estavam uma das bandas punks brasileiras mais respeitadas, prestes a subir no palco. Antes de sua entrada porém, houve uma homenagem a banda com vídeo rolando no telão do opinião mostrando a exposição dos 40 anos que a banda fez no Museu do Trabalho (pré-enchente) e por ali diversos fãs, artistas, jornalistas deixaram suas palavras sobre o que a banda representava, foi um momento muito emocionante.

Deixado as homenagens de lado, a banda entrou com o pé na porta tocando o clássico “Nicotina” e contou com Julia Barth nos vocais, os irmãos Cláudio e Heron Heinz(únicos da formação original e que não abandonaram o palco na noite do show) e outro membro fundador na bateria, Gerbase.

A partir daí foi um ecstasy total no opinião, o público cantou junto com a banda não só “Nicotina” mas durante todo show. Um ponto que vale ressaltar e com certeza foi o grande trunfo da noite foi a presença de todos Os Replicantes atuais e os exs que se revezaram em seus respectivos instrumentos.

Depois da catártica “Nicotina”, o público queria mais e a banda claro, entregou tudo que tinha. Chegou a hora da primeira formação entrar em campo, sai Julia(atual vocalista da banda), entra o lendário Wander Wildner com seus trejeitos e com seus vocais em alto nível iniciando com “Sandina”, fazendo com o que a roda punk pegasse fogo. “Surfista Calhorda” veio para levantar ainda mais o público presente, impossível não se contagiar com a energia e a letra cantada em uníssono pelo público e o mesmo ocorreu com o “Futuro é Vortex”.

Nesse momento, a banda estava com o público na mão, chegou a vez de fazer o rodízio para a segunda formação com Gerbase e Luli nos vocais e a entrada de Cleber atual baterista na banda.

E assim entraram com “Boy do Subterrâneo”, Gerbase vestindo seu macacão marcante e sua performance icônica junto de Luli. Seguiram então para “Catarina” com King Jim assumindo o Sax e backing vocals no set dessa formação. Ainda com os mesmo integrantes, tocaram “Amor Eu Preciso”, os hinos “Hippie Punk Rajneesh” e “A Minha Vizinha”, não preciso dizer que a roda punk ficou cada vez mais intensa. Sobrando tempo para tocarem “Só Mais Uma Chance (Pin-Up)” e a entrada da Julia em “Problemas”, mais um clássico pra conta.

Chegamos na metade do show e a terceira formação entrou em cena com Wander assumindo os vocais, os irmãos Heinz e Cleber Andrade na bateria. A partir daí, mais uma quantidade de hinos como “Astronauta”, “Ele Quer Ser Punk” e “A Verdadeira Corrida Espacial”. Já falei anteriormente, mas é incrível como Wander está ótima fase.

Rola mais uma troca da guarda, sai Wander entra Julia e mais uma série de pedradas musicais no set. A entrada de Julia na banda deu um gás importante, tanto sonoramente quanto nas letras, afinal ela trás referências novas e trata de temas como feminismo e uma energia que contagia todos que estão em sua volta. Seguiram como “Tom & Jerry”, “Motel da Esquina”, “Punk de Boutique”, “One Player”, “Libertá”, “Censor”, “Chernobyl”, “Maria Lacerda” e “Mentira”.

E pra fechar o show, todos entraram no palco e fizeram a alegria do público presente com “Surfista Calhorda” e finalizaram com a “Festa Punk”, cantada em ecstasy por todos no Opinião.

Uma noite histórica para lavar a alma não só da banda que celebrou em alto estilo seus 40 anos de vida, mas para nós que ficamos hipnotizados como uma banda com tantos anos de história mas que se mantém em altíssimo nível.

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