Desde a década de 1960, os Beatles influenciaram não apenas o rock, mas também a música pop e diversos outros gêneros. A sonoridade inovadora, as letras versáteis e a estética visual do quarteto moldaram gerações de músicos, impactando desde artistas contemporâneos até nomes surgidos décadas depois.
O impacto vai além da música, refletindo-se na cultura popular e na maneira como a indústria fonográfica se desenvolveu após sua ascensão. Muitas bandas e artistas fazem referência direta aos Beatles em suas letras, homenageando o grupo ou citando sua influência em composições.
Diversos músicos já incluíram os Beatles ou seus integrantes em canções, seja como tributo ou para reforçar uma ideia dentro da narrativa da música. Entre os exemplos mais conhecidos está “All Those Years Ago”, de George Harrison, lançada em 1981 como uma homenagem a John Lennon após seu assassinato.
Billy Joel mencionou a banda em “We Didn’t Start the Fire” (1989), referindo-se ao quarteto como um dos marcos culturais de sua geração. Já David Bowie fez referência à era “Sgt. Pepper’s” na letra de “Young Americans” (1975).
Outros exemplos incluem “Beatles and Stones”, do House of Love, e “John and Paul”, do The Redwalls, que citam diretamente os integrantes do grupo. O Oasis, fortemente influenciado pelo quarteto, também faz menções a eles em diversas ocasiões, tanto em letras quanto em declarações públicas.
Mesmo após seis décadas do fim da banda, a influência dos Beatles segue evidente. Seja na estrutura das composições, na experimentação sonora ou na maneira como a música pop é concebida, o grupo continua sendo uma referência essencial para artistas ao redor do mundo.
Abaixo, 5 músicas de rock que mencionam os Beatles como ícones da música pop.
Peter, Paul & Mary – “I Dig Rock and Roll Music” (1967)
Peter, Paul & Mary se destacaram como um dos principais grupos folk da década de 1960. Em sua canção “I Dig Rock and Roll Music”, fizeram uma referência aos Beatles nos versos: “E quando os Beatles dizem a você (os Beatles dizem a você) / Eles têm uma palavra ‘amor’ para vender a você (Todos apaixonados) / Eles querem dizer exatamente (Exatamente) / O que eles dizem”. A menção reflete a influência da banda britânica na cultura musical da época.
Mott the Hoople – “All the Young Dudes” (1972)
Em 1972, a banda estava à beira da separação, mas recebeu um presente inesperado de seu fã e amigo David Bowie: a música “All The Young Dudes”, que acabou sendo incluída no álbum Ziggy Stardust. Na letra da canção, é possível ouvir a frase “e meu irmão está de volta em casa com seus Beatles e seus Stones / Nós nunca nos divertimos com essa coisa de revolução”. O gesto de Bowie não só revitalizou a carreira do grupo, mas também se tornou um marco na história do rock.
Bad Company – “Shooting Star” (1975)
A canção do grupo britânico foi inspirada nas mortes de Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison, narrando a trajetória de um astro do rock que se arrisca ao voar perto do sol. A história começa de forma inocente: “Johnny era um estudante quando / ouviu sua primeira música dos Beatles / ‘Love Me Do’, acho que foi / daí não demorou muito”, revela a letra no início. A música reflete os perigos e as tentações da fama, enquanto homenageia ícones perdidos do rock.
Electric Light Orchestra – “Shangri-La” (1976)
Jeff Lynne sempre foi um declarado fã dos Beatles e decidiu expressar sua admiração mencionando a banda em uma de suas composições. A escolhida foi “Shangri-La”, cujo refrão traz a frase: “Meu Shangri-La foi embora / Desvanecendo como os Beatles em ‘Hey Jude’”. A referência é uma homenagem ao impacto duradouro da banda britânica, que influenciou não apenas Lynne, mas toda uma geração de músicos.
The Clash – “London Calling” (1979)
A letra da música expressa a inquietação de Joe Strummer em relação aos acontecimentos globais, com o verso sobre “um erro nuclear” fazendo referência ao acidente de Three Mile Island, ocorrido no início de 1979. Em meio ao tom de alerta, Strummer entoa: “Londres chamando, agora não olhe para nós / A falsa Beatlemania mordeu a poeira”. A frase critica a comercialização excessiva da cultura pop, enquanto reforça o caráter contestador da canção.
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