Como troca com Pete Townshend impulsionou retorno do AC/DC

Luis Fernando Brod
2 minutos de leitura
AC/DC. Crédito: Jim Dyson / Getty Images.

AC/DC ganhou fôlego no início dos anos 90 graças a uma negociação inusitada entre gravadoras que envolveu Pete Townshend, do The Who.

No livro “Giant Steps”, o executivo Derek Shulman revela que a Atlantic planejava dispensar o grupo australiano após resultados fracos desde “Fly on the Wall” (1985). Para evitar o corte, Shulman propôs ao então chefão Doug Morris trocar o catálogo solo de Townshend pela transferência de AC/DC para o selo ATCO, comandado por ele dentro do grupo Warner.

A mudança ofereceu à banda um ambiente novo e a liberdade de trabalhar com o produtor Bruce Fairbairn, em Vancouver. As sessões renderam “The Razors Edge”, lançado em 1990. O disco trouxe “Thunderstruck”, “Moneytalks” e “Are You Ready”, faixas que recolocaram o quinteto nas rádios e alimentaram uma turnê mundial bem-sucedida.

“Thunderstruck” foi escolhida como primeiro single a pedido de Angus Young, contrariando a preferência inicial de Shulman por “Moneytalks”. A estratégia funcionou: o álbum alcançou o segundo lugar na Billboard 200 e permaneceu 77 semanas na parada, enquanto o single abriu portas para uma nova geração de fãs.

O livro destaca ainda o papel do guitarrista Malcolm Young na construção do som do grupo e a precisão do baterista Chris Slade, recrutado para essas gravações. Segundo Shulman, a atmosfera renovada no estúdio e o apoio da gravadora foram decisivos para transformar um momento de possível queda em um dos capítulos mais bem-sucedidos da carreira de AC/DC.

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