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Bruce Springsteen e a reinvenção do ‘Rebelde Sem Causa’

Arte e o tema da fuga, estes dois elementos sustentam-se mutuamente. Um exemplo emblemático dessa convergência é encontrado em ‘Born To Run’ e ‘Rebel Without a Cause’.

Na última semana, a revista Far Out destacou o novo álbum de Amyl and The Sniffer, intitulado Cartoon Darkness, como o álbum da semana. Em uma resenha de 4.5 estrelas, descreveu-o como um disco onde “a raiva coexiste com alegria, o punk com o empoderamento, a tolice com a sinceridade e a evolução é gerida dentro da energia reconhecível e contagiosa da banda”.

Na canção ‘Big Dreams’, encontramos Amy Taylor falando sobre sonhos de fugir da vida cotidiana. Ela fala de um destino de sonho, lugar para onde todos nós tentamos ir, mas que não conseguimos identificar nem saber como se parece. Sobre a voz serena de Amy, o hard rock professa: “Você quer sair daqui”.

A ideia de fugir e viver uma vida melhor em um lugar desconhecido não é nova no mundo da música. A noção do rockstar, tão distante e quase inatingível, cria a perspectiva de uma vida descompromissada, longe da cidade natal, na estrada, sempre em busca de algo intangível.

Nesse contexto, dois retratos artísticos destacam-se: ‘Born To Run’, canção de Bruce Springsteen, e o filme ‘Rebel Without a Cause’. Apesar de distintos na superfície, ambos compartilham sentimentos quase idênticos.

Springsteen sempre se preocupou em refletir a vida em suas canções. Na opinião do cantor, o rock sempre precisava ser mais do que apenas algo para balançar a cabeça. “Sempre fui muito influenciado por Dylan. Sempre pensei que ele era o pai do meu país”, disse Springsteen. E continuou: “Quero que as pessoas obtenham a mesma experiência ao ouvir um dos meus discos que eu tive ao ouvir Highway 61 Revisited”.

Nesse sentido, ‘Born To Run’ canaliza o aspecto visionário das composições de Springsteen. Ela desperta sonhos de fuga e perseguição a sonhos intangíveis. ‘Rebel Without a Cause’ faz o mesmo, com imagens de liberdade, escape e felicidade. Essa linha comum reflete nosso desejo interno de escapar, mesmo que não saibamos como seria essa fuga.

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