Cillian Murphy elege sua banda preferida

Antes de se firmar no cinema, Cillian Murphy quase trilhou um caminho na música. Durante a adolescência, o ator irlandês chegou a formar a banda The Sons of Mr Green Genes com seu irmão. O grupo recusou uma proposta de contrato para gravar cinco álbuns.

Murphy descobriu a atuação na universidade e logo migrou de palco. Estreou nas telas com o curta “Quando”, em 1997, e não demorou a se destacar em longas como “Extermínio: Uma aventura condenada”, de Danny Boyle. Mais tarde, consolidaria seu nome em produções como “Peaky Blinders” e “Oppenheimer”.

Apesar da guinada para o cinema, a ligação com a música nunca se perdeu. Em 2020, Murphy passou a apresentar o programa “Cillian Murphy’s Limited Edition”, na BBC Radio 6 Music, onde explora faixas de estilos variados.

Entre suas preferências, uma banda ocupa posição especial. Em entrevista à Rolling Stone (via Far Out), ele declarou: “O Radiohead é muito especial para mim. Provavelmente é minha banda favorita no mundo”. A fala veio no contexto do uso de músicas na série “Peaky Blinders”.

Sobre a inclusão de “Life in a Glasshouse” na trilha sonora da produção, Murphy observou: “Você precisa encontrar uma música que carregue o peso da cena e acrescente algo. Há uma profundidade na música do Radiohead, e uma complexidade incrível na voz do Thom Yorke”.

O ator ainda comentou sobre o processo de negociação: “Esses caras não costumam liberar suas músicas. Eles são exigentes, então tivemos muita sorte”.

Formado no início dos anos 1990, o Radiohead ganhou projeção com os discos “Pablo Honey” (1993) e “The Bends” (1995). O reconhecimento global viria com “OK Computer”, lançado em 1997, que ampliou a discussão sobre alienação tecnológica e questões sociais.

Nos anos seguintes, a banda expandiu seu repertório com trabalhos como “Kid A” e “Amnesiac”, abraçando a eletrônica sem abandonar a estrutura de canção. Em 2007, com “In Rainbows”, experimentou uma nova forma de distribuição digital, enquanto “A Moon Shaped Pool” (2016) marcou uma fase mais introspectiva.

À BBC, Murphy já havia mencionado uma de suas faixas favoritas desse último disco. “Quando o Radiohead lançou ‘Daydreaming’, eu a ouvi cinco vezes seguidas. Acho que é uma peça musical notável”, afirmou o ator.

Mesmo afastado da carreira musical, Murphy segue como um ouvinte atento. E, para ele, a música continua sendo mais do que trilha sonora — é parte essencial da narrativa, tanto na ficção quanto fora dela.

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