Quatro décadas de “Curtindo a vida adoidado”: o dia que Ferris Bueller decidiu não ir à escola

Em 5 de junho de 1985, o personagem Ferris Bueller decidia tirar um dia de folga da escola. Um ano depois, essa história chegava aos cinemas. “Curtindo a vida adoidado” estreou nos Estados Unidos em 11 de junho de 1986 e completaria, em 2025, quatro décadas desde sua criação.

Dirigido e roteirizado por John Hughes, o longa se tornou um dos títulos mais lembrados da chamada “Brat Pack era”. O protagonista, vivido por Matthew Broderick, convence os pais de que está doente e embarca em uma jornada com o melhor amigo e a namorada pelas ruas de Chicago.

A frase “A vida passa rápido demais. Se você não parar e olhar ao redor de vez em quando, pode perdê-la” tornou-se símbolo do filme. O bordão reflete o tom reflexivo e irônico com que Hughes retratava o universo adolescente.

Além do humor e do estilo narrativo direto com o público, o filme se destaca pela trilha sonora. Clássicos como “Twist and Shout”, dos Beatles, ganham novos sentidos no desfile em que Ferris improvisa como vocalista sobre um carro alegórico.

A produção estreou no Brasil com o título “Curtindo a vida adoidado” e logo conquistou exibições frequentes na TV aberta durante os anos 1990. A recepção crítica, à época, foi dividida. No entanto, o longa passou a ser visto como uma das obras mais representativas de John Hughes.

Hughes também assinou outros títulos que marcaram a década, como “Clube dos cinco” (1985) e “Gatinhas e gatões” (1984). Em comum, os roteiros abordam adolescência, liberdade e conflitos familiares com uma linguagem direta e cheia de referências culturais.

Ao completar 40 anos, o filme ainda provoca debates sobre comportamento, juventude e expectativas sociais. Bueller, como personagem, continua sendo símbolo de resistência ao controle adulto — e de um dia comum que se transformou em aventura.

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