Space rock tem sim tudo para se relacionar com extraterrestes e seu som hipnótico. Ou, você pode ir para a cidade de Peruíbe, no litoral de São Paulo, que dizem que há vários avistamentos de disco voadores.
Surgido na década de 1960, como consequência da psicodelia trazida por bandas como Pink Floyd, Hawkwind e Gong, que se aventuravam por sons cósmicos, o Space Rock teve seu primeiro registro duas décadas antes.
A primeira faixa foi Space Girl, de Ewan MacColl e Peggy Seeger, feita para o programa de rádio da BBC, You’re Only Young Once. A música parodiava vários temas de ficção cientifica da época
Por meio de guitarras distorcidas, reverberação, sintetizadores e sons sobrenaturais e hipnóticos, vamos passar por cinco álbuns essenciais para viajar pelos cosmos!
Hall of the Moutain Grill – Hawkwind (1974)
Clássico absoluto da banda, o quarto disco da banda foi o primeiro a contar com Simon House nos sintetizadores. Com o título referenciando In The Hall Of The Mountain King, de Edvard Grig e a lanchonete The Mountain Grill em Portobello Road ainda vem a capa viajadona de uma nave espacial abandonada nas brumas de uma lagoa alienígena pintada por Barney Bubbles.
Além do space rock característico, a banda se manda pro hard rock em Lost Johnny, que viria a ser gravada posteriormente pelo baixista, o saudoso Lemmy Killmister. São nove faixas que te abduzem e te levam para os lugares que você menos consegue imaginar. Afinal, Hawkwind não é uma nave espacial. É uma galáxia inteira prestes a explodir!
Ocean – Eloy (1977)
Os alemães do Eloy recontam o mito da ilha de Atlântida de Platão, desde sua criação até sua ascensão, queda e destruição final. Aliás, todo o seu lado conceitual ainda faz um paralelo com o caminho alarmante da época em meio à Guerra Fria.
Com a capa baseada em A Tempestade de Woktek Siudmak, ela era impressa verticalmente, exibindo a pintura completa. Deste modo, com toda a sua mística e história, foi o primeiro álbum da banda a entrar nas paradas alemãs, permanecendo sete semanas. Destaque para a faixa de quase 14 minutos, Poiseidon’s Creation, que abre o álbum.
You – Gong
O último a ter Daevid Allen nas guitarras, até seu retorno em 1992, o quinto álbum do Gong é quase 45 minutos de pura maestria. Além de ser terceiro da trilogia Radio Gnome Invisible, traz ainda o elementro central da mitologia do Gong.
Embora traga trechos narrativos curtos, o disco manda toda a postência em instrumentais longos e jazzísticos, porém mais sofisticado. Tal observação pode ser percebida em Master Builder e A Sprinkling Of Clouds.
L – Steve Hillage (1976)
Trazendo composições de Donova e George Harrison, Steve Hillage foi para Nova Iorque, convidado por Todd Rundgren, para realizar seu segundo trabalho. Assim, o álbum mais bem sucedido do guitarrista encontrava a luz.
Não só de modo estupendo em sua linguagem, o disco traz a cozinha do caras do Utopia nas faixas.
Journey to the Centre of the Eye – Nektar (1972)
Fechando com chave de ouro, o álbum de estreia do ingleses do Nektar traz uma única peça, dividida em 13 faixas. Uma ópera rock narrando a história de um astronauta em direção Saturno que é levado para uma galáxia por alienígenas, onde é inundado de conhecimento e sabedoria. Dentre as diversas interpretações, a mais famosa é que o álbum baseia-se na corrida armamentista nuclear.
Desse modo, o Nektar nos leva ao surrealismo instrumental.
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