Wayne Coyne revela tensões com Billy Corgan durante turnê do Lollapalooza em 1994

Marcelo Scherer
3 minutos de leitura
Livro Lollapaloza The Uncensored Story of Alternative Rock's Wildest Festival.

A relação entre artistas no backstage nem sempre é harmoniosa, como revelou Wayne Coyne, vocalista do Flaming Lips. Em entrevista para o livro “Lollapalooza: The Uncensored Story Of Alternative Rock’s Wildest Festival“, Coyne afirmou que Billy Corgan, líder do Smashing Pumpkins, era difícil de lidar na turnê de 1994.

Segundo o vocalista do Flaming Lips, a personalidade de Corgan gerava desconforto entre as bandas. “Billy Corgan foi um cara difícil, especialmente naquela época. Não queríamos ficar por perto para assistir ao show deles”, disse o músico. A banda simplesmente saía após a apresentação do Beastie Boys para evitar encontros.

Essa animosidade parece persistir até hoje. Coyne comentou que evita encontros com Corgan. “Nós ainda o evitamos. Já fizemos shows recentes onde ele estava por perto e tentava entrar no nosso camarim. Dizemos, ‘não estamos aqui!’”.

O livro também traz relatos de Kevin Lyman, criador do Warped Tour, sobre o comportamento de Corgan com seu técnico de guitarra, Billy Howerdel. Lyman relembrou episódios de grosseria, enquanto Howerdel confirmou que foi demitido da turnê após atritos com Corgan e a baixista D’arcy Wretzky.

Além disso, o vocalista do The Smashing Pumpkins admitiu momentos de hostilidade com o público durante o Lollapalooza. Ele descreveu a experiência como desafiadora, especialmente ao substituir o Nirvana como headliner. “Era como enfrentar os valentões da escola novamente”, declarou.

Escrito por Richard Bienstock e Tom Beaujour, o livro detalha curiosidades da criação do festival idealizado por Perry Farrell. Uma delas envolve a ideia de um burrito gigante para ser compartilhado por todos, algo que Farrell defendia com entusiasmo.

Outro destaque é o relato de Billie Joe Armstrong, do Green Day, sobre a rejeição inicial de Farrell à banda em 1994. Farrell os considerava uma “boy band” e não queria incluí-los no evento, conforme discutido no podcast Rolling Stone Music Now.

Com histórias marcantes e polêmicas, o livro promete atrair fãs da história do rock alternativo. Lançado em 25 de março, oferece um retrato sem filtros dos bastidores do icônico festival.

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