AFI anuncia álbum com pegada gótica e single “Behind the Clock”

O grupo californiano AFI anunciou o lançamento de seu 12º álbum de estúdio, intitulado “Silver Bleeds the Black Sun”.

O novo disco marca uma mudança mais perceptível em direção às influências góticas da banda, suavizando o punk agressivo de trabalhos anteriores.

A faixa “Behind the Clock”, escolhida como primeiro single, revela a atmosfera etérea e introspectiva que permeia o projeto. Com lançamento previsto para 3 de outubro, o disco sairá pelo selo independente Run For Cover.

Segundo comunicado à imprensa, a proposta do novo trabalho é criar um “clima singular, sonhador e etéreo”, ancorado em referências que sempre fizeram parte da sonoridade do AFI. Essas influências vão do pós-punk britânico ao gótico californiano, com ecos perceptíveis de bandas como The Cure e Bauhaus.

“Silver Bleeds the Black Sun” será o primeiro álbum da banda pela Run For Cover, selo associado a nomes como Turnover, Citizen e Title Fight. Para o lançamento, a banda preparou uma edição especial em vinil roxo e branco, limitada a 500 cópias, que já está em pré-venda.

O clipe de “Behind the Clock” foi dirigido por Gilbert Trejo, conhecido por trabalhos que exploram simbolismo visual e atmosferas desconfortáveis. “Queríamos que o vídeo parecesse algo que você não deveria estar vendo. E é isso que está ali”, disse Trejo em nota.

“Davey escreve como quem deixa as cortinas abertas. Você entra num mundo que muitos artistas evitam mostrar.” O vocalista Davey Havok elogiou a colaboração com o diretor: “A visão de Gilbert captou a essência da música. Trabalhar com ele foi um privilégio.”

Além do anúncio do álbum, o AFI também confirmou uma turnê nos Estados Unidos com o projeto eletrônico TR/ST, previsto para o segundo semestre. A escolha do TR/ST como banda de abertura reforça a inclinação do novo disco para texturas sombrias e densas.

O último álbum do AFI, “Bodies”, lançado em 2021, já indicava um movimento da banda em direção a sonoridades mais atmosféricas.

Com “Silver Bleeds the Black Sun”, o grupo parece consolidar essa transição, abraçando de forma mais direta as raízes góticas que sempre rondaram sua estética.