A ex-guitarrista detalhou uma série de supostas manipulações e maus-tratos praticados pela gestão da banda, incluindo orientações de entrevista escritas por inteligência artificial, restrições contratuais e negligência com saúde e alimentação durante turnês.
Maldonado afirmou ter sido convidada a fazer teste para o Dogma em fevereiro de 2022, quando apenas o clipe inédito de “Father I Have Sinned” existia. Mesmo com o dedo recém-suturado, aprendeu solos em uma semana e, no dia de seu 25º aniversário, recebeu a confirmação na vaga. Na semana seguinte, voou ao Uruguai para filmar “Forbidden Zone” e “My First Peak”.
Segundo a guitarrista, o primeiro sinal de problema veio meses depois, com a saída da vocalista original e a entrega de um contrato que exigia autorização da gerência para qualquer demissão. Ela alterou a cláusula, mas seguiu na banda, gravando novos clipes na Argentina em setembro de 2023 e participando do lançamento do álbum em novembro do mesmo ano.
Na primeira turnê, em junho de 2024, Maldonado relata ter torcido o tornozelo após a retirada de uma rampa de acesso ao palco e recebido veto para trocar os saltos por botas mais baixas. Ela cita ainda a obrigação de pagar do próprio bolso alimentos para equipe e colegas, além de ser pressionada a seguir um cronograma sem acesso a “daysheets”.
Durante entrevistas, diz ter recebido “páginas de salada de palavras geradas por IA” como roteiro. Confrontos teriam se intensificado em março de 2025, quando a administração teria “manipulado” a aprovação de uma longa turnê europeia e latino-americana. Maldonado decidiu sair após notar que o trabalho paralelo, que lhe garantia renda, se tornara alvo de críticas e ameaças.
Ao tornar públicas as alegações, a musicista declarou sentir-se “novamente conectada à música” e encorajou outros artistas a não se calarem diante de situações semelhantes.
