Conhecido por se mover fora do compasso esperado, André 3000 soltou de surpresa o álbum instrumental “7 piano sketches”. Lançado no mesmo dia do Met Gala 2025, o disco chega com sete faixas improvisadas ao piano, quase todas registradas em gravações caseiras feitas com iPhone ou microfone de notebook.
Segundo publicação nas redes sociais, as peças não nasceram com intenção pública. “Esses esboços de piano são improvisações”, escreveu o artista. “Espalho os dedos pelas teclas e os movo de forma aleatória, mas com propósito, até algo soar bem.”
André afirma não saber quais acordes ou notas executa. O critério sempre foi sonoro. Entre os nomes que diz admirar estão Thelonious Monk, McCoy Tyner, Philip Glass, Stephen Sondheim, Joni Mitchell e Vince Guaraldi.
As faixas foram gravadas principalmente no Texas, numa casa sem móveis, dividida com o filho. “Só havia um piano, nossas camas e telas de TV”, relatou. A única faixa feita em estúdio atende por “Blueberries”.
O material teria sido registrado quase dez anos antes de “New Blue Sun”, lançado em 2023. O título original do novo trabalho, segundo o próprio músico, era “The Best Worst Rap Album In History”.
“É o pior porque não tem letra nenhuma, mas também o melhor, porque é o mais livre emocionalmente que já me senti”, diz um trecho das anotações originais de André 3000. “Serve como um purificador de paleta pra mim.”
A divulgação de “7 piano sketches” coincidiu com a aparição do músico no Met Gala deste ano, usando um figurino que imitava um piano nas costas. A peça foi criada em parceria com a Burberry, o estilista Law Roach e a marca benji bixby — e remete à capa do disco.
Desde o lançamento de “New Blue Sun”, o artista tem mantido uma presença discreta, mas ativa. Em 2024, participou de faixas de Kamasi Washington e Shabaka, e ganhou um documentário sobre o processo criativo do álbum anterior, com direito a música inédita nas gravações.
Deixe um comentário