Primeiro ministro australiano é criticado por usar camiseta do Joy Division

Marcelo Scherer
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Primeiro Ministro australiano, Anthony Albanese. Crédito: Media Mode.

Anthony Albanese recebeu forte contestação após ser fotografado, em 23 de outubro, desembarcando de um avião com uma camiseta que exibe a arte de capa do álbum “Unknown Pleasures”, do Joy Division.

Quatro dias depois, em 28 de outubro, a líder da oposição conservadora, Sussan Ley, afirmou no parlamento que o primeiro-ministro demonstrou “falha de julgamento”. Ela relacionou o nome da banda ao termo usado para designar uma seção de um campo de concentração nazista onde mulheres judias teriam sido escravizadas sexualmente, sugerindo que o grupo seria antissemita.

O argumento foi rapidamente rebatido. Um porta-voz do Museu Estadual de Auschwitz-Birkenau declarou não existir registros históricos de qualquer ala com esse propósito. Mesmo assim, Albanese não pediu desculpas nem comentou publicamente além das imagens divulgadas.

No Partido Trabalhista, o deputado Pat Gorman saiu em defesa do chefe de governo, dizendo ao jornal The Guardian que “há problemas maiores no mundo do que camisetas de bandas populares”. Segundo ele, o premiê é apenas fã do Joy Division, ativo de 1976 a 1980.

Enquanto o debate político prossegue, o legado musical da formação inglesa segue em circulação. O baixista fundador Peter Hook, hoje à frente do projeto Peter Hook & The Light, encontra-se em turnê pelo Reino Unido, passando por Bath, Cambridge, Lincoln, Liverpool e Edimburgo; a excursão chega à Europa em março do ano que vem. Paralelamente, rumores apontam que o Joy Division pode voltar a concorrer à inclusão no Rock and Roll Hall of Fame, após a indicação frustrada de 2025.

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