Boicote ao streaming em Israel: Lorde e mais 1000 artistas

Luis Fernando Brod
2 minutos de leitura
Lorde. Crédito: Miu Miu/Getty Images.

O movimento de boicote ao streaming em Israel ganhou força nos últimos dias. Mais de mil artistas — entre eles Lorde, IDLES e MUNA — aderiram à campanha “No Music For Genocide”, lançada em 4 de outubro de 2025.

A ideia é simples: músicos e detentores de direitos autorais estão tirando suas obras das plataformas que operam em território israelense, como forma de protesto contra a guerra em Gaza, que os organizadores descrevem como genocídio. Para isso, cada artista ajusta manualmente os territórios de exibição ou pede bloqueio geográfico às distribuidoras e gravadoras.

O grupo também pressiona as grandes gravadoras — Sony, Universal Music Group e Warner — a repetir o que fizeram em 2022, quando suspenderam catálogos na Rússia logo após a invasão da Ucrânia. Entre os primeiros nomes a aderir, ainda em setembro, estavam Massive Attack, Fontaines D.C., Amyl & The Sniffers, Paramore e Björk.

Na atualização mais recente (3 de outubro), entraram para a lista Paloma Faith, Obongjayar, Pinegrove, Marc Rebillet e Sir Chloe. O selo londrino de música eletrônica Hyperdub Records também anunciou sua participação.

Em comunicado, a coalizão organizadora deixou claro que a cultura “não impede bombas sozinha”, mas pode “recusar a normalização de crimes contra a humanidade”. O texto cita ainda outros movimentos paralelos — de cineastas a portuários — que tentam isolar economicamente Israel.

Hayley Williams contou que a equipe do Paramore ainda está ajustando detalhes técnicos para garantir que o catálogo da banda não esteja mais disponível no país. Já Björk lembrou que, em 2023, chegou a compartilhar mapas da região em suas redes, questionando a ocupação.

Enquanto isso, Lorde segue em turnê mundial. A “Ultrasound Tour” passa pelos Estados Unidos e Europa até o fim de outubro, em paralelo à sua adesão ao boicote.

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