Bon Jovi não vingaria hoje, diz ex-empresário Doc McGhee

Luis Fernando Brod
2 minutos de leitura
Bon Jovi. Crédito: Jeff Kravitz/Getty Images.

Bon Jovi não vingaria hoje, diz ex-empresário Doc McGhee, o modelo de negócios atual impediria que o grupo alcançasse o sucesso obtido nos anos 1980.

Durante uma sessão de perguntas no evento Kiss Kruise: Land-Locked, em Las Vegas, o atual empresário do Kiss avaliou a cena musical contemporânea. McGhee declarou que, se Jon Bon Jovi e companhia estivessem começando agora, não chegariam ao terceiro álbum “Slippery When Wet”, lançado em 1986 e responsável pelo estouro mundial do grupo.

O executivo comparou o passado, quando contratos de três discos davam tempo para uma carreira amadurecer, com o presente, dominado por acordos de um único single. “Hoje entram 187 mil faixas no Spotify todo dia”, ressaltou, prevendo que o número ultrapasse 300 mil em breve.

Para ele, a combinação de tecnologia e ganância corporativa destruiu o “recife” que sustentava artistas, empresários e editoras. Sem receita de turnês, encarecidas por custos logísticos, e com streaming saturado, novos talentos desistem antes de ganhar tração. “Vamos perder os próximos Bob Dylan, AC/DC ou Led Zeppelin”, alertou.

Apesar do cenário adverso, McGhee citou um nome que pode romper a barreira: o britânico Yungblud, artista que, na avaliação dele, mantém forte conexão com o público. Fora essa exceção, o empresário teme que grandes bandas de rock não encontrem espaço para surgir em meio ao volume de lançamentos e à pressão por retorno imediato.

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