Bring Me The Horizon não vê sentido em buscar o posto de atração principal em Glastonbury ou no estádio de Wembley, afirmou o vocalista Oli Sykes em entrevista ao NME antes do show que encerrou o Reading & Leeds Festival 2025.
Segundo Sykes, o grupo continua se enxergando como um “underdog” do rock e acredita que o ambiente do festival de Worthy Farm não combina com a sonoridade da banda. “Glastonbury não é o nosso mundo”, disse. Ele explicou que, há alguns anos, tocar em eventos como Coachella ou assumir palcos gigantescos até figurava nos planos, mas a perspectiva mudou: “Criamos algo próprio e estamos felizes assim. Por que tentar entrar num espaço onde não nos encaixamos?”
A mesma lógica vale para Wembley. Sykes declarou que só consideraria o estádio quando “cem mil pessoas realmente quisessem nos ver, sem ingressos em promoção no supermercado”. Para ele, duas noites na O2 Arena, com público motivado, valem mais do que uma aposta arriscada em um local maior.
O cantor também revelou que a recente paternidade transformou sua relação com os palcos. A ansiedade pré-show, antes alimentada por detalhes técnicos e medo de erros, desapareceu: “O mais importante agora me espera em casa”, comentou.
Bring Me The Horizon já havia alcançado status de headliner no Download Festival 2023 e, pela segunda vez, comandou o Reading & Leeds. Mesmo com avaliações máximas, a banda prefere consolidar seus próprios formatos de espetáculo em vez de buscar marcos considerados tradicionais na indústria musical britânica.
