Durante apresentação em Manchester no dia 14 de maio, Bruce Springsteen usou o palco para criticar duramente Donald Trump. O músico abriu sua nova turnê europeia no Co-op Live, maior arena coberta do Reino Unido, com ataques verbais ao ex-presidente dos Estados Unidos. A resposta veio horas depois, com um tom agressivo e pessoal.
Em um discurso entre músicas, Springsteen afirmou: “Na minha casa, a América que eu amo, a América sobre a qual escrevo, está nas mãos de uma administração corrupta, incompetente e traidora.” Ele também convocou o público: “Todos que acreditam na democracia, levantem suas vozes contra o autoritarismo.”
Mais adiante, antes da música “My City of Ruins”, o artista fez sua fala mais extensa da noite. Chamou a situação nos Estados Unidos de “estranha, perigosa” e criticou o que chamou de perseguição a vozes dissidentes. “Estão abandonando aliados e apoiando ditadores contra quem luta por liberdade”, afirmou.
Springsteen não poupou críticas às políticas de imigração e aos cortes em universidades públicas. Segundo ele, o Congresso falha ao proteger os cidadãos. “A maioria dos nossos representantes eleitos não compreende o que significa ser profundamente americano”, disse à plateia britânica.
Horas após o show, Donald Trump usou a rede Truth Social para rebater. “Nunca gostei de Bruce Springsteen, nem da sua música, nem da sua política radical de esquerda”, escreveu. O republicano ainda questionou o talento do músico e atacou sua aparência física com ofensas pessoais.
Em tom ameaçador, Trump completou: “Esse roqueiro seco como uma ameixa deveria manter a boca fechada até voltar ao país. Aí veremos o que acontece.”
O confronto verbal reacende tensões que não são novas. Em 24 de outubro de 2024, Springsteen subiu ao palco em um comício da então candidata Kamala Harris, em Atlanta, e chamou Trump de “tirano americano”. O cantor declarou voto nos democratas e disse preferir um presidente que “respeite a Constituição e lute pela democracia”.
À época, Springsteen escreveu nas redes sociais que Trump era o “candidato mais perigoso” que já havia presenciado em sua vida, acusando-o de não compreender a história dos Estados Unidos.
Springsteen volta ao palco em Manchester no próximo dia 17, também no Co-op Live. Resta saber se responderá diretamente às palavras de Trump ou seguirá com sua crítica por meio da música.
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