O vocalista do Depeche Mode, Dave Gahan, compartilhou suas reflexões sobre o falecido Mark Lanegan em entrevista recente à NME, antes de sua participação em um show especial em homenagem ao músico.
O evento, que ocorre nesta quinta-feira, 5 de dezembro, no The Roundhouse, em Londres, celebra o legado do ex-vocalista do Screaming Trees e marca o que teria sido seu 60º aniversário.
Mark Lanegan, conhecido por sua trajetória no grunge, suas colaborações com o Queens of the Stone Age e sua prolífica carreira solo, faleceu em fevereiro de 2022, aos 57 anos.
Para honrar sua memória, o tributo reunirá amigos e colaboradores, incluindo nomes de peso como Josh Homme e Troy Van Leeuwen (QOTSA), Chrissie Hynde, Bobby Gillespie (Primal Scream), Greg Dulli, Alison Mosshart (The Kills), Soulsavers e o próprio Gahan. O repertório incluirá músicas que percorrem a extensa discografia de Lanegan.
O local escolhido para o evento, o The Roundhouse, tem um significado especial: foi onde Lanegan realizou sua última apresentação ao vivo em Londres.
Dave Gahan e Mark Lanegan se conheceram nos anos 2000 durante uma turnê e construíram uma amizade que culminou em colaborações musicais. Gahan gravou com Lanegan para o projeto Soulsavers e interpretou músicas escritas por Lanegan no álbum do Humanist.
Em sua entrevista, Gahan falou sobre o impacto da perda do amigo, especialmente em um momento em que também lidava com a morte de Andy Fletcher, membro fundador do Depeche Mode, durante a preparação para o álbum Memento Mori (2023).
“É o tempo; você começa a pensar sobre ele”, refletiu Gahan. “Eu sabia que Mark estava lutando com sua saúde e tentando cuidar disso de várias maneiras. Acho que tudo simplesmente o alcançou. Você chega a uma certa idade e começa a se perguntar: ‘Por que isso dói? Por que não posso fazer isso?’ Sua mente não se sente mais velha, mas seu corpo sente.”
Gahan comparou a morte de Lanegan ao impacto que sentiu com a perda de David Bowie, descrevendo o sentimento como um lembrete da fragilidade da vida. “Para mim, perder Mark foi o mesmo que quando Bowie se foi. Você percebe que o tempo está passando e que não somos invencíveis. Não estamos aqui para sempre. É importante aproveitar o tempo que temos, dar mais atenção à família, aos amigos e ser grato pelo que temos”, afirmou.
O vocalista também destacou a importância do legado musical de Lanegan, tanto como compositor quanto como intérprete: “Mark lutou por anos com seus demônios – como todos nós fazemos, alguns mais do que outros. Mas suas composições e, em especial, sua voz, têm sido minhas companheiras por muitos anos.”
A entrevista completa está no site da NME.
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