O início da trajetória do AC/DC volta ao centro das atenções com o novo documentário “Exploring AC/DC’s Forgotten Sydney: Lost Landmarks Of Rock History”, lançado nesta semana. A obra tem direção de Tom Compagnoni, videomaker baseado em Sydney com duas décadas de atuação na imprensa australiana.
A produção percorre pontos-chave da cidade onde o grupo viveu seus primeiros anos. O roteiro inclui desde os ensaios no bairro de Newtown até o primeiro show no clube Chequers, realizado em 1973. Também marca presença a antiga casa em Burwood onde os irmãos Angus e Malcolm Young deram os primeiros passos com a guitarra.
Com cerca de 30 minutos de duração, o filme busca recuperar a memória desses locais que, em muitos casos, já não existem mais. Parte foi demolida, como a casa dos Youngs — substituída por um prédio de apartamentos.
“Apesar do mural recente em Burwood, dedicado a Angus e Malcolm, não há estátuas ou homenagens formais ao AC/DC em Sydney”, afirma Compagnoni, na descrição oficial do vídeo. Ele compara o descaso local com o cuidado que Liverpool dedica aos Beatles.
A crítica ganha força ao mostrar como alguns dos locais de ensaio e gravação do grupo, embora fundamentais para a história do rock australiano, foram negligenciados pelas autoridades e pela cultura urbana da cidade.
Além dos pontos geográficos, o documentário também se debruça sobre aspectos simbólicos dessa memória. Malcolm Young, por exemplo, foi sepultado na cidade. No entanto, seu nome ainda encontra pouco destaque fora dos círculos de fãs e músicos.
A obra combina pesquisa de campo com registros visuais, depoimentos e observações pessoais. Segundo Compagnoni, a ideia nasceu após visitar Liverpool, no Reino Unido, onde cada esquina ligada aos Beatles é devidamente sinalizada.
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