Ex-guitarrista do Dogma detalha acusações de misoginia

Luis Fernando Brod
2 minutos de leitura
Dogma. Foto: Reprodução Youtube.

Ex-guitarrista do Dogma Patri “Rusalka” Grief divulgou um longo relato que reforça denúncias de machismo, manipulação e negligência feitas por ex-integrantes da banda de metal.

Segundo Grief, ela entrou no grupo em novembro de 2023, atraída pelo conceito visual e pelo repertório. Contratada como personagem “Rusalka”, diz ter contribuído com desenhos, merchandising e interação constante com fãs, sem receber pagamento proporcional. Em três turnês, afirma ter ganhado apenas US$ 100 de gorjetas.

A guitarrista relata que a situação piorou quando pediu que seu equipamento não fosse usado sem autorização. O empresário teria rebatido que a atitude mostrava “falta de compromisso”. Grief também afirma ter ouvido comentários como “elas reclamam porque são mulheres”.

O rompimento aconteceu após a recusa do empresário em fornecer vistos de trabalho adequados para a turnê norte-americana. Grief e a nova vocalista voaram aos EUA, foram detidas por 48 horas, tiveram celulares confiscados e, na volta, receberam mensagem pedindo que ensinassem o repertório à substituta. “Não houve pedido de desculpas”, escreveu.

Entre outras queixas, a ex-membro cita alimentação restrita a duas refeições diárias, pressão para adquirir equipamento “obrigatório” que acabou usado para transportar vinis, além de ameaças veladas de substituição por músicos “mais caros”. Ela afirma que, apesar do desgaste, continuará fazendo música ao lado das colegas Grace Jane “Lilith” Pasturini e Amber “Lamia” Maldonado, que deixaram o Dogma pelo mesmo motivo.

Grief encerra o texto agradecendo aos fãs e prometendo divulgar novos projetos em breve.

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