Filme biográfico de Bruce Springsteen “Deliver Me From Nowhere” foi exibido em sessão especial no Festival de Telluride, Colorado, e já reúne as primeiras análises da crítica.
Dirigida por Scott Cooper e baseada no livro homônimo de Warren Zanes, a produção concentra-se no período em que Springsteen compôs e gravou o álbum “Nebraska”, em 1982. O recorte foge do tradicional “grandes sucessos” para mostrar o cantor isolado com um gravador de quatro canais, experiência considerada radical na época.
A maior parte das resenhas é favorável. Pete Hammond, do Deadline, descreveu o longa como “uma jornada inteligente à alma do artista” e creditou o resultado à atuação de Jeremy Allen White. Sem experiência musical prévia, o ator passou meses em aulas de voz e guitarra. Segundo Hammond, ele “chega à essência de Springsteen sem imitá-lo”.
Alguns críticos, porém, apontaram falhas de contextualização. Para Peter Debruge, da Variety, o roteiro não evidencia o ineditismo de um astro de grande porte gravar um sexto disco em casa, algo comum hoje, mas raro no início dos anos 1980.
O design de som também recebeu menções positivas. David Rooney, do Hollywood Reporter, destacou a sequência em que a E Street Band testa “Born in the U.S.A.” no estúdio Power Station. Ainda assim, ele considerou o drama “emocionalmente contido”, observando que Springsteen adiou faixas mais radiofônicas como “Glory Days” até concluir “Nebraska”.
“Deliver Me From Nowhere” chega aos cinemas em 24 de outubro.