Gilson Lavis, ex-baterista que sustentou a fase de maior sucesso do Squeeze, morreu na noite de terça-feira em sua residência em Lincolnshire, Inglaterra, aos 74 anos.
A informação foi confirmada por Jools Holland, colega no Squeeze e líder da Rhythm & Blues Orchestra, em nota publicada nas redes sociais. “Estamos tristes. Enviamos carinho à esposa Nikki e ao filho Gilson”, escreveu o tecladista, lembrando ainda o apoio prestado pelo músico a companheiros dos Alcoólicos Anônimos.
Nascido em Bedford em 27 de junho de 1951, Lavis rodou o mundo acompanhando Chuck Berry, Jerry Lee Lewis e Dolly Parton até ingressar no Squeeze em 1976. Gravou todos os discos do grupo entre o EP “Packet of Three” (1977) e “Play” (1991), deixando sua marca em hits como “Cool for Cats”, “Up the Junction”, “Tempted” e “Black Coffee in Bed”.
Dispensado em 1992, disse ter enfrentado o alcoolismo. Holland o convidou para pequenos shows beneficentes; a parceria cresceu e Lavis retomou a bateria de forma regular, agora sóbrio.
Nos últimos anos, encontrou novo rumo nas artes plásticas, produzindo retratos de Paul McCartney, Eric Clapton e integrantes dos Rolling Stones, exibidos em galerias. Em 2024, anunciou aposentadoria dos palcos para dedicar-se à pintura. Com sua morte, o universo da música britânica perde um instrumentista versátil e discreto que atravessou cinco décadas de atividade sem abrir mão da elegância rítmica.



