Ex-baterista do Sepultura e atual integrante do projeto Cavalera, Igor “Iggor” Cavalera voltou a falar sobre suas influências musicais. Em entrevista recente ao Modern Drummer (via Blabbermouth), conduzida por David Frangioni, o músico revelou que Bill Ward, do Black Sabbath, continua sendo seu principal herói da bateria.
“Meu herói número um sempre foi o Bill Ward… Ele é o cara”, afirmou Igor, ao comentar sobre a criatividade e a entrega de Ward tanto em estúdio quanto no palco. O brasileiro contou ter assistido a várias apresentações do baterista ao vivo e relatou um episódio marcante: “Tenho uma das bandanas que ele me deu depois de um show do Sabbath. Guardo isso como um tesouro.”
A admiração por Ward vai além da performance em palco. Igor ressaltou a inventividade do baterista, lembrando como ele incorporava congas e sobreposições de percussão nos discos da banda. “As pessoas dizem que a gente criou essa coisa tribal no metal, mas teve muita gente que me levou a esse caminho. E o Bill é, sem dúvida, um desses caras.”
O ex-Sepultura também destacou o quanto Ward se mantinha aberto a diferentes estilos. Segundo Igor, o baterista do Sabbath combinava peso com elementos de jazz e ritmos latinos. “Dá pra ouvir tudo isso nele”, afirmou.
Durante a conversa, Igor também comentou sobre a importância de se divertir ao tocar. “A técnica é bonita, claro, mas o mais importante é ter prazer na bateria”, disse. “Dá pra ver que o Bill curtia o que fazia. Ele batia nas coisas com uma energia pura.”
Além de Ward, Igor mencionou Stewart Copeland, do The Police, como outro nome essencial na sua formação. “Como latino, cresci tocando samba e outros ritmos. Ver alguém como ele trazendo isso pro pop, misturando estilos jamaicanos e uma atitude punk, foi algo que me influenciou muito.”
Em fevereiro deste ano, Igor iniciou uma turnê solo pelo Reino Unido. O repertório apresentou faixas de sua discografia autoral voltadas à música eletrônica, com influências de drone, industrial, noise e vanguardismo.
A entrevista evidencia como Igor Cavalera construiu sua trajetória com base em referências diversas, valorizando tanto a técnica quanto a expressividade. Para ele, o espírito livre de bateristas como Ward e Copeland parece ter sido tão importante quanto qualquer escola formal de música.
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