Os incêndios florestais que atingem Los Angeles têm provocado estragos de grande dimensão, afetando não apenas residências, mas também o patrimônio artístico. O galerista Ron Rivlin, dono de uma galeria em Pacific Palisades, relatou perdas irreparáveis em sua coleção particular, onde mais de 200 obras de arte estavam armazenadas.
Entre as peças destruídas, destacam-se cerca de 30 trabalhos de Andy Warhol, incluindo várias versões das famosas latas de sopa Campbell’s. Também foram perdidas gravuras icônicas, como as da Rainha Elizabeth II, além de representações de Superman, Mickey Mouse e Howdy Doody, todas assinadas pelo renomado artista do pop art.

Obras de Keith Haring, Damien Hirst, John Baldessari e Kenny Scharf estavam entre as peças armazenadas na propriedade e também foram destruídas pelas chamas. Estimativas preliminares sugerem que as perdas financeiras podem atingir cifras milionárias, embora os valores finais ainda dependam das apurações das seguradoras.
Em entrevista à Artnews, Simon de Burgh Codrington, CEO da Risk Strategies, descreveu o episódio como “uma das perdas de arte mais chocantes já vivenciadas nos Estados Unidos”.
Apesar da destruição em Pacific Palisades, algumas galerias na região de West Hollywood conseguiram evitar danos maiores. A Villa Getty, protegida por um sistema de irrigação avançado, não sofreu prejuízos significativos. No entanto, galerias como Diana Thater, T. Kelly Mason, Camilla Taylor e Kelly Akashi registraram danos estruturais e perdas em acervos.
O impacto cultural e simbólico desses incêndios ressalta a fragilidade do patrimônio artístico diante de catástrofes naturais, mobilizando artistas e colecionadores a adotarem medidas de preservação mais rigorosas.
Deixe um comentário