Indústria musical britânica gerou £8 bilhões para a economia em 2024 e alcançou 220 mil postos de trabalho, segundo o relatório “This Is Music 2025”, da entidade UK Music.
O estudo registra aumento de 5 % no Valor Agregado Bruto em relação a 2023 (£7,6 bi) e eleva as receitas de exportação para £4,8 bi, também 5 % acima do ano anterior. Turnês de Taylor Swift, Bruce Springsteen, Liam Gallagher, Take That e Girls Aloud sustentaram a escalada dos números, enquanto lançamentos de Charli XCX (“Brat”) e o single viral “Messy”, de Lola Young, ampliaram a presença internacional dos artistas britânicos.
Apesar dos recordes, o relatório alerta para desafios que podem frear o crescimento. Entre eles estão o uso de inteligência artificial sem garantia de remuneração a criadores, o fechamento contínuo de casas de show de base e as dificuldades logísticas e financeiras de artistas britânicos em turnês pela Europa após o Brexit. Pesquisa incluída no documento indica que 90 % dos criadores defendem proteção contra uso não autorizado de suas obras por IA.
Os obstáculos já afetam a renda: 32 % dos profissionais relatam prejuízos diretos devido à saída do Reino Unido da União Europeia, e 95 % desse grupo viu queda de ganhos em 2024. Além disso, o ritmo de expansão do setor desacelerou, deixando para trás os índices de dois dígitos observados no período pós-pandemia.
UK Music pede ao governo ações urgentes, como implementação plena do Music Growth Package de £30 milhões, revisão de regras de IA, redução de burocracia para exportação e acordos que facilitem vistos e permissões de trabalho no bloco europeu e nos Estados Unidos.



