O trio irlandês Kneecap convocou seus seguidores para acompanhar a audiência de Mo Chara (Liam Óg Ó hAnnaidh), que retorna ao Tribunal de Westminster nesta sexta-feira, 26 de setembro. O rapper é acusado de exibir uma bandeira do Hezbollah durante um show realizado em novembro de 2023.
O caso está enquadrado na lei antiterrorismo britânica e já levou o artista a duas sessões anteriores. A defesa tenta encerrar o processo alegando que a denúncia foi apresentada fora do prazo legal de seis meses, enquanto o Ministério Público sustenta que o limite foi respeitado. O juiz Paul Goldspring deve anunciar uma decisão preliminar sobre a competência do tribunal para julgar a ação.
Nas redes sociais, o Kneecap reforçou o apelo para que fãs e simpatizantes se concentrem a partir das 9h, com apoio dos coletivos Irish In London For Palestine, Thanet For Palestine e Speit. O grupo pede que o público leve bandeiras, keffiyeh e “suas vozes”. Após a manifestação, os organizadores sugerem deslocamento até o Old Bailey para apoiar ativistas do movimento Filton24.
Em comunicado, o Kneecap reiterou que “não apoia Hamas nem Hezbollah” e classificou a acusação como “perseguição política”. A banda também criticou a recepção do presidente israelense Isaac Herzog em Downing Street, comparando a acolhida oficial ao tratamento conferido a Mo Chara por denunciar a ofensiva de Israel em Gaza.
Desde a abertura do processo, o Kneecap precisou cancelar datas nos Estados Unidos, foi impedido de entrar no Canadá, mas segue realizando shows esgotados, como o recente no OVO Wembley Arena, em Londres, onde reafirmou sua posição pró-Palestina.
