Segundo a própria artista, ser cancelada é um aprendizado que vale para qualquer pessoa, “pelo menos uma vez na vida”. A opinião aparece no ensaio “CANCEL ME (AGAIN)”, publicado em 1º de dezembro na plataforma Substack, onde a cantora reflete sobre críticas, processos e pressão das redes sociais.
No texto, a norte-americana relembra a criação em igreja pentecostal de Detroit, onde o temor do “inferno” a impulsionava a buscar ser “boa”. Ela afirma que, na internet, esses esforços se tornam irrelevantes: “o tribunal da opinião pública está sempre pronto a ser juiz, júri e executor”.
Lizzo lista momentos de forte reação online — como dizer que compõe para mulheres negras ou divulgar um detox de smoothies — e cita as ações judiciais movidas por três ex-bailarinas em 2023, que alegam ambiente hostil e assédio sexual. Outro processo, iniciado por uma ex-assistente de figurino por discriminação e comentários gordofóbicos, foi arquivado em dezembro de 2024. A defesa da cantora classificou as acusações como “infundadas e sensacionalistas”.
Para a autora de “About Damn Time”, o fenômeno do “cancelamento” gera paralisia, já que “qualquer erro vira ofensa”. Ainda assim, ela sustenta que enfrentar esse escrutínio obrigou-a a conhecer melhor seus limites e prioridades. “Você não sai dessa sem ferir sentimentos sem querer”, escreveu.
A reflexão ecoa entrevista à Billboard, quando afirmou ter “perdido a confiança” após anos de julgamentos, mas recuperado a crença em sua criatividade. Hoje, diz, a maior segurança vem de “não esconder quem sou”.
