Lorde mergulha no surreal em novo single “Man of the Year”

Lorde revelou a faixa “Man of the Year” em meio à repercussão contínua de seu próximo álbum, “Virgin”. A música surgiu como uma pausa breve, quase silenciosa, diante de um ciclo de divulgação marcado por declarações públicas e temas existenciais.

A canção começa de forma despojada: voz e um baixo marcado conduzem os primeiros segundos. O clima remete às versões ao vivo de “Solo”, de Frank Ocean, que Lorde interpretava na turnê do álbum “Melodrama”, lançado em 2017.

“Who’s gon’ love me like this / Who could give me lightness”, canta Ella Yelich-O’Connor, em tom reflexivo. A letra se constrói enquanto sintetizadores se acumulam até um desfecho abrupto, quase sem clímax — o oposto de estruturas convencionais de refrão e ponte.

Em entrevista anterior, o produtor sueco Max Martin descreveu “Green Light” como um exemplo de “composição incorreta”. “Man of the Year” segue caminho semelhante, ao evitar picos emocionais ou melodias repetitivas. Em vez disso, a música sobe, se expande e desaparece.

Desde o lançamento de “What Was That”, primeira faixa divulgada de “Virgin”, Lorde tem mantido o público entre momentos de exposição intensa e longos silêncios. A artista apareceu no Met Gala de 2024 discutindo temas de identidade de gênero, após fazer referência à sex tape de Pamela Anderson e Tommy Lee.

A alternância entre intimidade e espetáculo parece refletida também nas músicas. Com pouco mais de três minutos, “Man of the Year” interrompe a saturação de ruídos que ronda seu novo trabalho e se torna, ainda que por instantes, um refúgio sonoro.

A data de lançamento oficial do álbum “Virgin” ainda não foi anunciada. A expectativa em torno do disco se mantém elevada, especialmente entre fãs que acompanham a trajetória da neozelandesa desde os tempos de “Pure Heroine”, de 2013.

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