A trajetória do Manic Street Preachers será recontada sob um novo ângulo no livro 168 Songs of Hatred and Failure, previsto para 11 de setembro. Escrito pelo jornalista Keith Cameron, o projeto tem apoio direto do grupo e será publicado pela editora britânica White Rabbit.
O volume percorre 40 anos de carreira por meio de 168 músicas. Da estreia com “Suicide Alley”, em 1988, até “Critical Thinking”, trabalho inédito que deve sair ainda em 2025. A narrativa se apoia em entrevistas inéditas com os membros da banda, que participaram ativamente do processo.
A publicação sairá em formatos variados: capa dura, e-book e versão em áudio. Haverá também duas edições especiais com itens exclusivos, como estojo autografado e artes gráficas selecionadas. A proposta parece mirar não apenas leitores, mas colecionadores e fãs mais engajados.
Segundo descrição oficial da editora, o livro busca “contar a história definitiva do Manic Street Preachers através da música que os salvou”. A abordagem se concentra nos detalhes líricos, nas tensões ideológicas e nas obsessões culturais que moldaram a discografia do grupo.
Conhecidos por unir política, poesia e referências pop, os Manics formaram um catálogo no qual, como define a sinopse, “Karl Marx e Kylie Minogue coexistem alegremente”. É um universo onde o punk do The Clash divide espaço com o rock progressivo do Rush, tudo em meio a letras que citam Nietzsche ao lado de ícones britânicos do gelo como Torvill e Dean.
Keith Cameron cobre a banda há décadas e é colaborador frequente da Mojo e NME. Ao organizar o livro, optou por tratar cada faixa como um ponto de entrada para as fases da banda — das dúvidas existenciais ao engajamento político, dos anos de glória comercial aos períodos de reclusão.
A obra não se limita ao material de estúdio. Segundo a editora, ela também investiga versões alternativas, lados B e temas nunca lançados oficialmente. Um esforço que mapeia, com minúcia, o processo criativo e os caminhos menos óbvios de uma das bandas mais complexas do Reino Unido.
O lançamento promete dialogar com leitores em diferentes níveis de familiaridade. Tanto os iniciantes na discografia do grupo quanto os ouvintes veteranos podem encontrar nas páginas um convite à releitura — faixa por faixa — de uma carreira forjada entre extremos.

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