Massive Attack, My Bloody Valentine e Paul Weller obtiveram autorização de suas gravadoras para bloquear o acesso às obras em plataformas de streaming em Israel, aderindo formalmente à campanha No Music For Genocide (NMFG).
Lançada em setembro, a iniciativa incentiva artistas e detentores de direitos autorais a remover faixas do mercado israelense em resposta à ofensiva militar em Gaza. Para participar, músicos alteram os territórios de distribuição ou solicitam o bloqueio geográfico aos selos. Entre os que já aderiram estão Lorde, Björk, Paramore, IDLES, My Bloody Valentine, Denzel Curry, Fontaines D.C. e Rina Sawayama.
Com a aprovação, Warner (responsável pelo catálogo de Paul Weller) e Universal (que distribui Massive Attack) retiraram as canções dos dois artistas de todas as plataformas que operam no país. Em nota publicada no Instagram, a NMFG conclamou colegas de profissão a “reforçar o boicote”, recusando shows financiados por instituições israelenses e exigindo exclusões territoriais em novos contratos.
A campanha lembra que os principais conglomerados – Sony, Universal e Warner – suspenderam suas atividades na Rússia semanas após a invasão da Ucrânia e defende postura similar no conflito atual.
Israel nega acusações de genocídio e declara que suas ações representam legítima defesa após o ataque do Hamas ao festival Nova em 7 de outubro de 2023, que deixou mais de 1.100 mortos e 250 pessoas sequestradas.
Fora do estúdio, Paul Weller já participou de eventos beneficentes como “Together For Palestine” em Wembley e “Gig For Gaza” em Londres. O Massive Attack boicota apresentações em Israel desde 1999 e recentemente criticou detenções de manifestantes pró-Palestina no Reino Unido. O My Bloody Valentine, em pausa há 7 anos, retornou recentemente e planeja uma turnê.



