O Massive Attack negou os rumores de que estaria usando reconhecimento facial em seus shows, classificando a informação como “mentiras evidentes”.
Em comunicado nas redes sociais, intitulado “It Isn’t What It Isn’t”, o grupo criticou sites como Somewhere.Media e Hidden por divulgarem notícias sem checar os fatos. Segundo a nota, o efeito de “detecção de rostos” projetado nos telões é apenas um recurso artístico de caráter satírico, criado a partir de um banco de dados fictício gerado aleatoriamente.
“Nenhum show do Massive Attack jamais registrou ou armazenou dados pessoais”, destacou o texto. A banda ainda lembrou que, no Reino Unido, apenas órgãos governamentais ou empresas contratadas podem acessar bases oficiais, o que torna inviável qualquer coleta privada de imagens em diferentes cidades ou países.
Além de desmentir os boatos, o coletivo de Bristol voltou a criticar o que considera ser o uso excessivo de reconhecimento facial pelo governo britânico, apontando a falta de legislação que limite a atuação policial nessas práticas.
A declaração surge dias depois da apresentação no OVO Wembley Arena, em Londres, quando o grupo levou ao palco o trio irlandês Kneecap em apoio à causa palestina. Nos últimos meses, o Massive Attack também anunciou um boicote ao Spotify, criticando os investimentos do CEO Daniel Ek em tecnologia militar, e adiantou que deve lançar novas músicas em 2025, após impasses com a gravadora.