Matt Berninger detalha desafios da carreira solo

Marcelo Scherer
2 minutos de leitura
Foto: Matt Berninger (Ash). Crédito: Divulgação.

A carreira solo de Matt Berninger ganhou novos contornos quando o cantor falou no festival End of the Road, em Salisbury, sobre a intenção de “desfazer” o rótulo de líder do The National.

Lançado em maio de 2025, o segundo álbum solo de Berninger, “Get Sunk”, vem sendo apresentado ao vivo desde então: primeiro na América do Norte e, agora, no Reino Unido e na Europa. Em entrevista à revista Uncut, ele reconheceu que a independência traz desconfortos. “A melhor parte é um quarto decente no ônibus; o resto é um inferno”, ironizou.

A relação conflituosa com a carreira individual começou no debut de 2020, “Serpentine Prison”. “Relutava em lançar um disco solo; parecia traição”, lembrou. Mesmo assim, decidiu seguir adiante, incluindo versões de faixas alheias. Durante a turnê atual, Berninger manda para a banda canções “difíceis”, como “Kid A”, do Radiohead, para serem rehearbeadas antes do soundcheck.

O músico também comparou palcos de rock a espaços de culto. Para ele, clubes, festivais e salas como Royal Albert Hall funcionam como “santuários de espiritualidade”, onde artistas tentam compreender a própria existência.

A recepção crítica tem sido positiva. O site Far Out concedeu quatro estrelas a “Get Sunk”, destacando a execução minuciosa e momentos de abertura sonora contidos em solos de guitarra, harmonias femininas e órgão na faixa final.

Fundador do The National em 1999, Berninger segue equilibrando dois caminhos: o grupo de origem e a busca por novas formas de se apresentar longe da “embalagem” que o consagrou.

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