Mick Ralphs, guitarrista do Bad Company e Mott the Hoople, morre aos 81 anos

Morreu nesta segunda-feira (23) o guitarrista britânico Mick Ralphs, aos 81 anos, após anos enfrentando problemas de saúde. Ralphs foi membro fundador do Bad Company e um dos responsáveis pelo som do Mott the Hoople nos anos 1970.

A notícia foi confirmada por Paul Rodgers, vocalista do Bad Company, em comunicado publicado nas redes sociais da banda. Simon Kirke, baterista do grupo, também se manifestou sobre a perda do antigo companheiro.

“Nosso Mick se foi. Estou muito triste”, escreveu Rodgers. “Ele nos deixou músicas e lembranças excepcionais. Era meu amigo e parceiro de composição”, completou o vocalista. “Em nossa última conversa, há alguns dias, rimos bastante. Mas não será a última vez.” Rodgers finalizou com uma homenagem à companheira de Ralphs, Susie, e disse esperar reencontrá-lo “no céu”.

Simon Kirke também homenageou o guitarrista com palavras diretas. “Ele era um amigo querido, um compositor maravilhoso e um guitarrista excepcional”, escreveu o baterista. “Sentiremos muita falta dele”, concluiu Kirke em publicação compartilhada pelo perfil do Bad Company. As causas da morte não foram divulgadas oficialmente até o momento.

Mick Ralphs nasceu em Herefordshire, Inglaterra, em 31 de março de 1944. Começou a carreira no final dos anos 1960 com a banda The Doc Thomas Group, que depois se tornaria o Mott the Hoople. Foi nesse grupo que Ralphs se destacou como guitarrista e compositor, com canções como “Rock and Roll Queen” e “One of the Boys”. A parceria com Ian Hunter e a influência de David Bowie foram centrais para o sucesso da banda no Reino Unido.

Em 1973, Ralphs saiu do Mott the Hoople para fundar o Bad Company ao lado de Paul Rodgers, ex-Free. O novo grupo estreou com o disco “Bad Company” em 1974, lançado pela gravadora Swan Song, dos integrantes do Led Zeppelin. O álbum trouxe faixas como “Can’t Get Enough” e “Movin’ On”, ambas compostas por Ralphs, e teve grande sucesso comercial. A formação original ainda contava com Boz Burrell (baixo) e Simon Kirke (bateria), sendo mantida até o início dos anos 1980.

Ao longo da década, o Bad Company se consolidou no cenário do rock com mais seis álbuns de estúdio. Ralphs participou da maior parte deles, sendo parte ativa na criação de riffs e arranjos marcantes. Depois de deixar a banda em 1982, ele retornaria em 1998 para uma turnê de reunião com Rodgers, Kirke e o baixista Dave Colwell. Nos anos 2000, voltou a colaborar com versões ao vivo do Bad Company, até se afastar por problemas de saúde em 2016.

Em 2016, após uma série de apresentações, Ralphs sofreu um derrame e deixou a atividade musical. Desde então, mantinha uma vida mais reclusa, com poucas aparições públicas e sob cuidados médicos. Mesmo afastado dos palcos, sua influência permaneceu viva entre fãs de hard rock e músicos da cena britânica.
As homenagens de Rodgers e Kirke reafirmam o papel que teve como criador de uma sonoridade sólida e acessível.

Mick Ralphs deixa um repertório que atravessa gerações, com canções populares tanto nas rádios quanto nos palcos. Canções como “Feel Like Makin’ Love”, “Shooting Star” e “Ready for Love” continuam presentes em compilações e shows tributo. Sua contribuição para o rock britânico é lembrada especialmente pelo equilíbrio entre riffs simples e arranjos bem estruturados.

A notícia de sua morte gerou reações de músicos e fãs, que destacaram sua gentileza e dedicação à música.

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