Nick Cave, compartilhou uma mensagem sensível sobre os dez anos da morte de seu filho Arthur Cave que faleceu em 14 de julho de 2014, aos 15 anos.
Desde então, Cave tem falado abertamente sobre sua dor. Isso já aconteceu em sua música, como no álbum “Ghosteen” de 2019 e também em sua newsletter, “The Red Hand Files”.
Na última edição desta, Cave respondeu a fãs. Um perguntou sobre o que ele e Susie aprenderam em dez anos. Outro quis saber se a dor durava para sempre.
Cave começou sua resposta. Ele escreveu: “A dor permanece, mas descobri que ela evolui com o tempo”. Para ele, “o luto floresce com a idade”.
Ele percebeu que o sofrimento se torna “menos uma afronta pessoal”. É “menos uma traição cósmica”. Vira “uma qualidade poética do ser”.
Cave admitiu que aprendeu lições inesperadas. “O imenso valor e potencial de nossa humanidade”. E que “todos nós realmente morremos”.
Ele compreendeu que “Deus era uma forma de percepção”. Uma maneira “de estar alerta à ressonância poética do ser”.
Com o tempo, a visão de Cave mudou. Ele não vê mais o mundo com a mesma lente escura. “Hoje em dia, não sou nem desconfiado nem suspeito do mundo”.
Cave encerrou sua mensagem. “Ainda estamos aqui, uma década depois”. Vivendo “no coração radiante do trauma”. Ele finalizou: “Nós o lembramos hoje”.
A mensagem completa pode ser lida em “The Red Hand Files”.
