O2 de Londres pediu desculpas por ter retirado de duas espectadoras camisetas com a inscrição “Palestine” durante o show de Lorde no último domingo, 16 de novembro.
Francesca Humi e Chloe Grace Laws, ambas de 30 anos, relataram ao jornal The Guardian que seguranças exigiram a retirada das camisas do time FC Palestina sob a alegação de que peças com nomes, bandeiras ou símbolos nacionais poderiam “ofender outros presentes”. Diante da recusa, Humi teve a peça confiscada e recebeu ordem de deixá-la em área destinada a objetos considerados de risco.
Em nota, a arena negou possuir norma que proíba vestimentas ligadas a causas sociais, religião, política ou nacionalidade. “Não acertamos todas as decisões o tempo todo; neste caso, houve uma interpretação errada de nossas políticas”, afirmou a administração, prometendo revisão de procedimentos e treinamento. Steve Sayer, vice-presidente e gerente geral, contatou as duas fãs, ofereceu reembolso de ingressos e despesas, além de convite para outro evento gratuito. Humi declarou que doará qualquer reembolso a uma entidade de apoio à Palestina.
Esta não foi a primeira controvérsia do local: em junho, um espectador de um espetáculo de Peter Kay também foi barrado por vestir camiseta “Free Gaza”, episódio que gerou comunicado semelhante do O2.
No palco, Lorde novamente sinalizou apoio aos palestinos: durante “Team”, as luzes exibiram as cores verde, branca e vermelha, e a cantora disse à plateia: “Somos uma rede de corpos. Não se esqueçam”. A artista, que participa da campanha No Music For Genocide bloqueando o streaming de suas músicas em Israel, segue a turnê “Ultrasound” pelo Reino Unido e Irlanda antes de encerrar 2025 com datas na Europa.



