Ozzy Osbourne foi internado em segredo apenas 14 dias antes de sua apresentação final como vocalista do Black Sabbath, realizada em julho no Villa Park, em Birmingham.
A informação veio à tona no primeiro episódio do podcast “The Osbournes Unfiltered” publicado após a morte do músico, ocorrida 17 dias depois do show, aos 76 anos. Sharon, Kelly e Jack Osbourne relembraram o último ano de vida do cantor e contaram que, mesmo convivendo com Parkinson e outras complicações, a internação de emergência não havia sido divulgada.
Jack explicou que a saúde do pai piorou ainda mais no início de dezembro do ano anterior, após uma queda. Já Sharon detalhou o esforço para manter a hospitalização em sigilo: segurança reforçada, nomes vetados na recepção e fotos de familiares autorizados exibidas na entrada. “Temíamos que a notícia vazasse”, disse ela.
O clima de tensão ganhou tom inusitado quando um homem apareceu dizendo ser irmão de John Osbourne, nome de registro de Ozzy. A equipe suspeitou de um repórter disfarçado, mas descobriu que se tratava de outro paciente homônimo, gerando constrangimento entre os seguranças.
Problemas de saúde acompanharam o vocalista nos últimos anos: um tombo em 2019 agravou lesão na coluna, houve cirurgias sucessivas, pneumonia e o diagnóstico de Parkinson. Mesmo sentado durante nove músicas, como relembra no documentário “Sharon & Ozzy Osbourne: Coming Home”, Ozzy considerou o concerto “uma ótima forma de se despedir”. Para Jack, aquele palco lotado virou “um velório em vida”.
O período final do “Príncipe das Trevas” também pode ser visto na produção “Ozzy: No Escape From Now”, disponível na Paramount+, e no livro de memórias “Last Rites”.



