Pai de Amy Winehouse levou ao Tribunal Superior de Londres a acusação de que duas antigas amigas da cantora lucraram cerca de £700 mil ao leiloar 150 objetos pessoais sem informar a família.
Mitch Winehouse, responsável pelo espólio da artista falecida em 2011, alega que a ex-estilista Naomi Parry e a amiga Catriona Gourlay consignaram peças em grandes casas de leilão dos Estados Unidos em 2021 e 2023. Entre os itens estão o minivestido de seda usado por Amy na última apresentação em Belgrado, arrematado por US$243 mil, as botas vistas na capa do álbum “Frank”, vendidas por US$19.200, e sapatilhas de balé manchadas de sangue, que alcançaram cerca de US$4 mil.
Segundo o advogado Henry Legge KC, as rés “deliberadamente ocultaram” as vendas e ainda convenceram Mitch a liberar outras peças do espólio, omitindo que também ofereciam itens em nome próprio. Em depoimento, o pai afirmou: “Admito que Amy possa ter dado alguns presentes, mas 150 objetos é impossível acreditar”.
Parry e Gourlay negam irregularidades. A defesa sustenta que a maioria dos artigos já pertencia a elas antes da morte da cantora ou foi presenteada durante a amizade. Ted Loveday, advogado de Gourlay, acrescentou que sua cliente “acredita que a venda refletiria o que Amy desejaria”.
A cantora Amy Winehouse morreu em 23 de julho de 2011, aos 27 anos, em sua casa em Camden, Londres, vítima de intoxicação alcoólica. O processo segue em análise e ainda não há decisão sobre a restituição dos valores.



