Paul McCartney juntou-se a ativistas e parlamentares europeus para impedir que a União Europeia aprove uma proposta que restringe termos como “salsicha” e “hambúrguer” apenas a produtos de origem animal.
Em outubro, o Parlamento Europeu votou por 355 a 247 a favor da medida que reserva nomes tradicionais de carne a itens realmente feitos de carne. A emenda, apresentada pela deputada francesa Céline Imart, ainda precisa do aval da Comissão Europeia e dos 27 Estados-membros para virar lei. A decisão final deve ocorrer nesta semana.
Em nota, McCartney argumentou que rotular produtos como “hambúrguer vegetal” ou “salsicha vegetariana” já deixa claro ao consumidor o que está sendo vendido. Segundo o ex-Beatle, a regra proposta desestimula escolhas alimentares que beneficiam a saúde pública e o meio ambiente.
Uma carta assinada pelo músico, por suas filhas Mary e Stella, além de parlamentares britânicos, foi entregue à Comissão. O documento da Vegetarian Society alerta que, embora o Reino Unido não faça mais parte do bloco, decisões europeias influenciam padrões globais, comércio internacional e a inovação em alimentos sustentáveis.
McCartney milita pela alimentação sem carne há décadas e mantém parceria com a organização PETA. Em novembro, ele enviou carta à COP30, no Brasil, criticando a oferta de carne em conferências climáticas e lembrando que a pecuária é um dos principais motores do desmatamento.
