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Pearl Jam Hunger Strike. Foto: Dave Simpson/WireImage
Pearl Jam Hunger Strike. Foto: Dave Simpson/WireImage

Pearl Jam encerra turnê mundial de 2024 com performance de Hunger Strike pela primeira vez desde a morte de Chris Cornell

O Pearl Jam trouxe um desfecho emocionante à sua turnê mundial de 2024 no último sábado(23) , com um show no ENGIE Stadium, em Sydney, Austrália.

Em uma apresentação que percorreu todas as fases da carreira da banda, o setlist de 27 músicas incluiu seis faixas do álbum de estreia Ten (1991) e quatro canções do mais recente trabalho, Dark Matter.

Entre os destaques, estavam covers de “Baba O’Riley”, do The Who, e “No Surrender”, de Bruce Springsteen, esta última dedicada ao cantor em meio à frustração com os resultados eleitorais recentes nos Estados Unidos.

Quase ao final do set principal, o vocalista Eddie Vedder dirigiu-se ao público com uma mensagem calorosa. “Vocês têm vozes incríveis aqui”, disse ele. “Gostaríamos que usassem essas vozes conosco agora.”

Foi o prelúdio para um momento histórico: a performance de “Hunger Strike”, clássico do Temple of the Dog de 1991, que a banda não tocava desde 26 de outubro de 2014, durante o Bridge School Benefit de Neil Young, na Califórnia.

Naquela ocasião, Soundgarden também fazia parte do evento, e Chris Cornell subiu ao palco para dividir os vocais com Vedder. Foi a última vez que os dois amigos cantaram juntos.

Após a trágica morte de Cornell em 2017, muitos fãs imaginaram que Pearl Jam jamais retornaria a essa música, carregada de significados emocionais. Apesar de a banda ter apresentado “Hunger Strike” ao longo dos anos com diversos convidados, como Andrew Stockdale (Wolfmother), Corin Tucker (Sleater-Kinney) e Ben Bridwell (Band of Horses), a performance em Sydney foi uma exceção. Desta vez, Vedder assumiu sozinho as partes vocais originalmente interpretadas por Cornell, com o apoio do público australiano, que entoou cada verso.

O momento foi recebido com intensa comoção e funcionou como um tributo discreto, mas poderoso, à memória de Chris Cornell. O show em Sydney marcou não apenas o encerramento da turnê, mas também reafirmou a conexão de Pearl Jam com sua história, seus fãs e os laços que transcendem o tempo e a perda.

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