A música espanhola amanheceu de luto nesta quarta-feira, 10 de dezembro, com a confirmação da morte de Robe Iniesta, conhecido como Robe. O fundador da banda Extremoduro e um dos autores mais influentes do rock em castelhano tinha 63 anos.
A notícia foi comunicada de madrugada pelo seu representante, que divulgou uma mensagem breve: “Nosso Robe faleceu. Estamos desolados”. As causas do falecimento ainda não foram informadas. O músico enfrentava problemas de saúde desde 2024, quando precisou cancelar shows devido a um tromboembolismo pulmonar.
Considerado um poeta essencial no rock ibérico, Iniesta construiu uma carreira marcada pela voz e pela escrita filosófica. Ele transformou a crueza do rock urbano em uma obra de sensibilidade literária, respeitada pela crítica e pelo público.
A discográfica Dromedario Records o descreveu como “o último grande humanista e literato contemporâneo da língua hispânica”. A empresa também destacou o impacto do artista em quem trabalhou com ele e a profundidade de sua obra.
Nas redes sociais e comunidades musicais, mensagens de admiração e despedida foram publicadas, lembrando canções que marcaram a vida de milhares de pessoas.
Nos últimos anos, Iniesta dedicou-se à carreira solo, lançando discos que foram bem recebidos pela introspecção e pela visão madura sobre o tempo. Ele se referiu à sua última turnê como “a melhor turnê da minha vida”, que não pôde ser concluída por questões de saúde.
Sua partida deixa um vazio, mas também uma obra que continuará presente. Músicas como “Ama, ama, ama e ensancha el alma”, “Jesucristo García” ou “El poder del arte” seguirão com aqueles que encontraram em suas letras um refúgio.
