Roger Waters apoia Palestine Action e critica líderes em um vídeo intitulado “The Voice of Reason”, publicado no fim de semana em seu canal no YouTube. O ex-Pink Floyd declara “apoio de todo o coração” ao movimento, agora rotulado como organização terrorista pelo governo britânico.
Waters afirma que o Palestine Action atua legitimamente ao tentar expulsar a fabricante de armamentos Elbit Systems do Reino Unido. Segundo ele, manifestar essa posição em território britânico o tornaria passível de até 14 anos de prisão, “sob o que é chamado, em tom de deboche, de lei do país”.
O músico associa a criminalização do grupo a uma recente operação policial que deteve 890 manifestantes em Londres e à pintura de um mural de Banksy diante da Royal Courts of Justice, onde um juiz golpeia um protestante com um martelo ensanguentado.
No vídeo, Waters amplia as críticas e acusa Donald Trump, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o premier israelense Benjamin Netanyahu de “desviar o olhar” diante do sofrimento de civis em Gaza. Para ele, líderes ocidentais evitam a “luz da verdade” porque temem confrontar o passado colonial de seus países.
Não é a primeira vez que o compositor se posiciona. Em 5 de julho, após a proibição oficial do Palestine Action, publicou outra gravação na qual escrevia um cartaz de protesto e, ecoando o filme “Spartacus”, declarava: “Eu sou Spartacus. Proclamo minha independência do governo do Reino Unido”.]