A banda brasileira Seeker Becomes Seer acaba de lançar o EP “500 Years”, um trabalho que antecipa seu álbum de estreia previsto para o início de 2026. Gravado no estúdio Sonastério, em Minas Gerais — o mesmo espaço onde gravaram nomes como Milton Nascimento e Skank — o projeto combina stoner, prog, sludge e psicodelia em performances totalmente reais.
Distante das produções digitais que dominam o mainstream, o EP propõe uma alternativa genuinamente orgânica. Cada som foi registrado com instrumentos reais, resultado de um processo colaborativo intenso que envolveu cordas, percussões brasileiras, sintetizadores e violões de diversos convidados especiais.
Lucas Donnard, vocalista da banda, descreve o processo de criação como uma experiência transformadora. “Quando você está completamente cercado pelo concreto do estúdio e o cerrado mineiro, desconectado do resto do mundo, é assustador o quão fácil é se convencer de que nada mais nesse mundo tem tanta importância quanto aquilo que estamos criando”, explica.
Segundo ele, o trabalho é fruto de uma “busca quase que espiritual por algo maior que nós mesmos”. As performances refletem dias de isolamento voluntário, onde cada nota e cada silêncio carregam a intensidade daquele período.
A Seeker Becomes Seer foi fundada oficialmente em 2025, após dois anos de experimentação musical no Sonastério. O projeto surgiu com um objetivo claro: oferecer uma alternativa mais eclética e autêntica ao metal ultra processado que predomina nas paradas. A banda é liderada por Bruno Barros, fundador do estúdio e ex-integrante de grupos como Angra, ao lado do guitarrista Rodrigo Peixoto e do vocalista Lucas Donnard.
As influências musicais passam por Mastodon, Metallica, Tool, Alice in Chains, Baroness, Sepultura, System of a Down, Pantera e Black Sabbath, transitando entre diversos gêneros com naturalidade.
O EP foi produzido de forma independente e mixado por Arthur Damásio, vencedor do Grammy Latino. Na bateria, Rafael Pensado, que trabalha com Dave Mustaine no Megadeth. Filipe Marks toca o baixo, enquanto Lucas De Moro assina os sintetizadores. Percussões ficaram por conta de Abel Borges. A masterização é assinada por Fernando “Bola” Delgado. Na parte visual, fotografias promocionais são de André Greco Amaral, enquanto a capa foi criada por Lucas Donnard e Rodrigo Peixoto. O videoclipe teve direção de Lucas Donnard, com filmagens de Emanuel “Manolo” Duarte e Jorge Rabello.
A banda segue com Lucas Donnard nos vocais, Bruno Barros e Rodrigo Peixoto nas guitarras, Thiago Caeiro na bateria e Filipe Marks no baixo.
