O baixista do Rage Against The Machine, Tim Commerford, compartilhou novos detalhes sobre sua recuperação após enfrentar uma batalha intensa contra o câncer de próstata. Aos 56 anos, o músico revelou estar “mais forte do que nunca”, destacando o impacto transformador que a doença teve em sua vida e carreira.
Commerford foi diagnosticado com câncer de próstata em 2022, pouco antes do Rage Against The Machine iniciar sua turnê de retorno em julho daquele ano. “Minha vida inteira mudou”, afirmou o baixista em entrevista à Spin. “Com tudo o que acontece comigo agora, eu me pergunto: estou me sentindo assim porque tenho câncer? Estou perdendo meu cabelo por causa do câncer?”
O diagnóstico veio como um choque para o músico, que decidiu manter o assunto em segredo, compartilhando a notícia apenas com familiares e amigos próximos. Mesmo diante da gravidade da situação, ele optou por seguir com os compromissos da banda, apesar de ter passado por uma cirurgia para a remoção da próstata.
Commerford descreveu a jornada como “uma brutalidade psicológica”, explicando que o câncer de próstata é particularmente desafiador por estar diretamente relacionado à sexualidade e à identidade masculina. “É difícil se desconectar disso, e quando você é forçado a enfrentar essa situação, torna-se uma batalha mental muito intensa”, explicou.
Para lidar com o impacto emocional, ele recorreu a grupos de apoio, onde encontrou espaço para compartilhar experiências e enfrentar os desafios psicológicos que surgiram após o diagnóstico. Ele também mencionou as dores físicas intensas durante o tratamento: “Nunca senti uma dor como a que experimentei na cirurgia”, revelou.
Agora, dois anos após o diagnóstico, Commerford celebra uma nova fase de sua vida. Em entrevista recente ao Total Rock, ele refletiu sobre o caminho percorrido: “Estou mais forte do que nunca na minha vida. Tenho 56 anos, sou artístico, estou focado nisso e tenho orgulho disso.”
O baixista transformou o câncer em uma motivação para alcançar sua melhor forma física. “Eu estava arrasado quando descobri. Levei anos para conseguir falar sobre o câncer sem me emocionar. Mas o que me ajudou foi a fisicalidade, foi pensar: ‘Sim, estou doente, mas posso fazer algo sobre isso.’”
Mesmo com limitações físicas, como um tendão reconstruído em seu ombro esquerdo, Commerford encontrou forças para se superar. “O médico disse que meu ombro esquerdo seria 75% tão forte quanto o direito. Então, decidi que, se eu ficasse 200% mais forte, ainda teria vantagem.”
Para Tim Commerford, a música e a arte continuam sendo pilares fundamentais em sua recuperação. “Estou focado naquilo que amo, e isso me mantém motivado”, afirmou, deixando claro que, mesmo em meio à adversidade, o espírito criativo segue inabalável.
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