Vinil isento de tarifas nos EUA após nova ordem

Luis Fernando Brod
2 minutos de leitura
Coleção disco de vinil Crédito: Jenny Friedrichs.

Vinil está isento de tarifas nos EUA após nova ordem e ganhou confirmação da agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras, que manteve discos, CDs e fitas cassete fora das mudanças fiscais assinadas pelo presidente Donald Trump.

A medida integra o pacote de tarifas promulgado no início do ano, que elevou impostos sobre importações de diversos países. Empresas britânicas passam a recolher cerca de 10% sobre o valor dos produtos; para o restante da Europa, a alíquota sobe a 15%. Itens abaixo de US$ 800, antes dispensados, perderam a isenção em 29 de agosto.

Apesar disso, materiais classificados como “informacionais” — livros, revistas e mídias físicas de música — foram preservados das novas regras, garantindo que colecionadores continuem recebendo vinis, CDs e cassetes sem acréscimos tributários. O mesmo não vale para outros tipos de merchandising: pôsteres, camisetas e similares agora entram na lista tarifada.

A BBC destaca que a revisão das normas aumentará as inspeções nas fronteiras, o que pode gerar atrasos e já levou alguns varejistas a suspender entregas para os Estados Unidos. Para contornar o cenário, plataformas como Bandcamp recomendam o envio no modelo Direct Duty Paid, no qual o comprador arca antecipadamente com todos os impostos. Discogs publicou orientação semelhante, alertando para possíveis falhas logísticas até que a cadeia se adapte.

Fora da Europa, a carga fiscal é ainda maior: importações da China pagarão cerca de 54%, do Vietnã 46% e do Japão 24%. Ao anunciar as tarifas em abril, Trump afirmou que reagia a “políticas comerciais injustas”, mas a decisão provocou queda imediata nos mercados financeiros e afetou ações de empresas de rádio, streaming e cinema.

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