Zoë Federoff expõe contrato e salários no Cradle of Filth A ex-tecladista e vocalista Zoë M. Federoff divulgou o contrato que teria recebido da banda britânica e relatou baixos pagamentos, clima hostil e pressão por exclusividade.
Em nota publicada após sua saída, Federoff afirma que ela e o marido, o guitarrista Marek “Ashok” Šmerda, planejaram a saída “meses atrás” devido a “gestão desonesta” e tentativa de reter parte de um adiantamento do álbum “Screaming of the Valkyries”. Segundo a musicista, o aumento proposto de 25% seria o primeiro em sete anos, mas viria acompanhado de cláusulas que um advogado classificou como “psicopáticas”. O documento exigiria dedicação integral à agenda do grupo sem garantir sequer o custo básico de vida.
Federoff relata que, ao contestar a situação, foi chamada de “câncer” e “cavalo morto” e ameaçada de demissão. Ela responsabiliza o vocalista Dani Filth por manter a atual equipe de gestão e por não defender os músicos contratados. Entre as consequências apontadas, a artista menciona o desgaste físico, emocional e um aborto espontâneo ocorrido durante a turnê.
Poucas horas antes da divulgação da carta, Dani Filth anunciou a dispensa imediata de Ashok, negou as acusações e garantiu a continuidade da turnê latino-americana “Screaming of the Américas”. O guitarrista, por sua vez, justificou a decisão de sair alegando “muito trabalho para pagamento relativamente baixo” e pediu a retirada de suas composições de futuros lançamentos, incluindo a parceria com Ed Sheeran.
Com as demissões, o Cradle of Filth atua provisoriamente com apenas um guitarrista até a chegada de substitutos. Enquanto a excursão segue, as denúncias levantam dúvidas sobre as condições oferecidas aos músicos de sessão que aceitarem o posto.