Desu Taem é um dos nomes que já pintaram na Playlist Autoral. Uma figurinha carimbada em praticamente em todas as edições. E por um jeito surpreendente: IA.
Podem julgar, eu também julgava. Porém, ver o caminho que as pessoas se empenham em poder colocar as ideias para fora, de modo com que as faixas fiquem o mais próxima possível do que sai de suas mentes, é divertido.
Já digo que: Fez por desleixo, deixemos de lado. Não ligamos. Contudo, quando há o trabalho de escrever a faixa, usar o que tem à mão, e depois remixar, para não ficar do jeito sujo que muitos fazem, e fazem para conseguir likes, aí temos um valor. Mesmo que seja pequeno e ainda tenha o preconceito. Torcemos o nariz, mas… Acredito que não há como lutar.
As composições do Desu Taem são faixas baseadas na cabeça de alguém. Um tempo dedicado.
Em troca de emails, a resposta foi: “Se você gosta da nossa música, importa o que eu usei para criá-la? Basta aumentar o volume e tocar com força na sua sala de estar”.
Mas a resposta que me pôs a pensar foi: “E se alguém fosse contra o uso de guitarras Gibson e só permitisse músicas tocadas com guitarras Fender na estação? Faz alguma diferença se a música for realmente boa?”
Desu Taem com sete álbuns em um ano
Detalhes são percebidos nos trabalhos de Desu Taem. Com a pegada do metal, lançou seu primeiro álbum em 2024, Is That My Blood. Logo viriam mais três, sendo YEOOUCH quando conheci o projeto.
E a cada lançamento você encontra nuances de uma subida acelerada para uma certa qualidade. É bom? É. É IA? Sim… E abre portas.
Até o momento foram 11 álbuns lançados, sendo os últimos, Just Another Asshole, Do Not Resuscitate e Molasses Fighter Jet os que me colocaram para ouvir… E em um volume considerável para a vizinhança se perguntar o que estava acontecendo.
Se pelo menos a sua curiosidade foi aguçada, não fique com medo de dar o play. É bom, por incrível que pareça. E acredite, tem muita IA ruim por aí, e que está na cara que é IA, e todo mundo compartilha.
O futuro pode ser estranho, mas a evolução segue.



