fbpx

30 anos de Burn My Eyes do Machine Head

O ano é 2024 e no próximo dia 9 de agosto, o disco Burn My Eyes, da banda norte-americana de metal Machine Head, completa 30 anos de lançamento.

Considerado um clássico do gênero, o álbum marcou a estreia da banda no cenário musical e trouxe uma sonoridade pesada, agressiva e inovadora. Neste artigo, vamos relembrar como a banda foi formada, quem eram os integrantes, qual a temática do disco e qual a inspiração musical por trás dele.

Se há um disco que me chamou a atenção na adolescência foi esse, mas não foi o único, o metal nessa época estava com grandes inovações de bandas como Fear Factory, o Geezer Butler, baixista do Black Sabbath pegando carona no industrial contando com Burton C Bell nos vocais, do próprio Fear Factory. O Grip Inc. do baterista Dave Lombardo que havia deixado o Slayer, esse útlimo com o ótimo Devine Intervation também ajudava a consolidar o som pesado da década, bem como o Pantera com os 3 discos porradas, Cowboys From Hell, Vulgar Display of Power que tocava incessantemente na MTV e Far Beyond Driven. O nu metal dava suas caras com Korn liderando seguido de Deftones, Coal Chamber e outros. Isso sem falar do trash progressivo de Nevermore.

Claro, ainda nesse ínterim, tivemos o Sepultura no Basil com Chaos A.D. e o emblemático Roots, o próprio Soulfly anos depois como o disco de estreia, e o projeto industrial do Max Cavalera, Nailbomb. Foi realmente uma época muito produtiva e inventiva para o metal, um momento único na história, assim como a invenção do trash metal na década anterior.

Mas, o assunto é os 30 anos de Machine Head, um disco que nasceu nesse turbilhão de ideia musical e um desordem social em Los Angeles.

Machine Head: Dos primórdio até Burn My Eyes

A história do Machine Head começa em 1991, quando o guitarrista e vocalista Robb Flynn, que havia saído da banda Vio-lence, decidiu montar um novo projeto. Ele se juntou ao baixista Adam Duce, que era seu amigo de infância, e ao baterista Tony Costanza, que havia tocado com ele na banda Forbidden. O trio começou a ensaiar e compor músicas, mas logo percebeu que precisava de um segundo guitarrista para completar o som. Foi então que Flynn convidou Logan Mader, que ele havia conhecido em um show do Slayer, para se juntar à banda. Mader aceitou e o Machine Head estava formado.

A banda começou a tocar em pequenos clubes e a gravar demos, chamando a atenção de algumas gravadoras. Em 1993, eles assinaram um contrato com a Roadrunner Records e entraram em estúdio para gravar o seu primeiro álbum. O disco foi produzido pelo próprio Flynn, que tinha uma visão clara do que queria. Ele misturou influências de bandas como Metallica, Pantera, Slayer, Sepultura e Napalm Death, criando um estilo próprio que combinava thrash metal, groove metal e hardcore. O resultado foi Burn My Eyes, um álbum que impressionou pela sua intensidade, técnica e originalidade.

Lançamento de Burn My Eyes

Burn My Eyes foi lançado em agosto de 1994 e recebeu críticas positivas da imprensa especializada. O disco vendeu mais de 400 mil cópias nos Estados Unidos e mais de um milhão no mundo todo, tornando-se o álbum de estreia mais vendido da história da Roadrunner Records. A banda saiu em turnê mundial para divulgar o álbum, tocando em grandes festivais e abrindo shows para bandas como Slayer, Megadeth e Biohazard. O sucesso do disco também rendeu à banda duas indicações ao Grammy, nas categorias de melhor performance de metal e melhor álbum de metal.

O álbum é composto por dez faixas, que abordam temas como violência, guerra, religião, política e alienação. A faixa de abertura, Davidian, é uma das mais conhecidas e traz um refrão marcante: “Let freedom ring with a shotgun blast” (Deixe a liberdade soar com um tiro de escopeta). A música faz referência ao massacre de Waco, ocorrido em 1993, quando um grupo religioso liderado por David Koresh foi cercado e atacado por agentes federais, resultando na morte de mais de 80 pessoas. Outras faixas que se destacam são Old, que fala sobre a perda da inocência e da esperança, A Thousand Lies, que critica a hipocrisia e a corrupção, e None But My Own, que reflete sobre a solidão e o isolamento.

Burn My Eyes é um disco que marcou época e influenciou muitas bandas de metal que surgiram depois. O álbum é considerado um dos melhores e mais importantes do gênero, sendo frequentemente citado em listas e rankings. Em 2019, a banda celebrou os 25 anos do disco com uma turnê especial, que contou com o retorno de Logan Mader à guitarra.

Em 2019, a banda lançou uma edição especial de 25 anos do disco e saiu em turnês tocando o disco na íntegra.

Assista abaixo show da turnê de 25 anos de Burn My Eyes do Machine Head

Autor

Uma resposta para “30 anos de Burn My Eyes do Machine Head”

  1. […] ao lado de clássicos como Dirt do Alice in Chains, Chaos A.D e Roots do Sepultura, Burn My Eyes do Machine Head e o próprio Black […]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *