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Explorando as Profundezas do Desconhecido: 45 anos de “Unknown Pleasures” do Joy Division

Em 15 de junho de 1979, o mundo da música foi presenteado com um dos álbuns mais influentes do pós-punk: “Unknown Pleasures”, o álbum de estreia do Joy Division.

Portanto, o álbum está completando 45 anos em 2024, um marco não só para o post-punk mas para a música em geral responsável por definir o gênero que apresenta influências dispares calcadas na crueza do punk e sonoridade sombria.

A gravação do álbum ocorreu nos Strawberry Studios, em Stockport, durante três finais de semana consecutivos de abril de 1979. Sob a direção do produtor Martin Hannett, o Joy Division foi capaz de explorar técnicas de gravação inovadoras, resultando em um som que era ao mesmo tempo atmosférico e intensamente emocional. Hannett teve um papel crucial na criação da paisagem sonora única do álbum, utilizando efeitos de eco e reverberação para ampliar a textura das canções.

Ian Curtis, lendário vocalista que tirou a própria vida decorrente de uma depressão profunda, nunca chegou a ver sua segundo obra de sua banda, Closer, ser lançada, mas foi defensor ferrenho as inovações apresentadas por Martin Hannet junto aos outros integrantes da banda como Bernard Sumner e Peter Hook que não vinham com bons olhos essas técnicas de estúdio, preferindo o som mais crú do punk, estilo em voga na época do lançamento.

Unknow Pressure não é apenas representação sonora do post-punk, ele também apresenta um olhar único sobre a vida de Ian Curtis nas letras do álbum. Elas são carregadas de imagens existenciais e desespero, refletem suas lutas pessoais e a desilusão com a vida moderna.

Canções como “Disorder” e “She’s Lost Control” expressam uma urgência e uma crueza que ressoam com a experiência humana, enquanto “Shadowplay” e “New Dawn Fades” são exemplos da habilidade da banda de criar ambientes sonoros que são ao mesmo tempo poderosos e melancólicos.

O primeiro disco de Joy Division não alcançou sucesso comercial imediato, e não foram lançados singles do álbum pela Factory Records. No entanto, o impacto cultural e a influência do álbum cresceram com o tempo, com muitos críticos e músicos citando-o como uma obra-prima.

A capa icônica do álbum, projetada por Peter Saville, apresenta uma imagem de pulsos de rádio de um pulsar, capturando visualmente a sensação de isolamento e a aura de mistério que permeia o álbum. A arte tornou-se tão emblemática quanto a música contida dentro, simbolizando a beleza encontrada na escuridão e no desconhecido.

Ouvindo hoje o álbum mesmo com seu problemas de produção ou crueza, ele ainda é atual, seja pelos temas nas letras de Ian Curtis ou mesmo no som sincopado, muitas vezes caótico e soturno.

“Unknow Pleasures” é sem sombra de dúvidas um daqueles albuns que mudam a direção musical de toda uma geração criando um novo estilo.

Assista abaixo a história do post-punk onde Joy Division é um dos pilares do movimento.

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