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Here To Eternity celebra trinta anos de Collective Soul com álbum duplo sem excessos

Infelizmente para grande parte do público brasileiro, o Collective Soul ficou limitado ao hit Shine, de seu primeiro álbum, lançado em 1994, Hints Allegations and Things Left Unsaid, mesmo que uma parte considerável da discografia tenha sido lançada por aqui.
Mas fato é que a banda em seus 30 anos de carreira e 11 álbuns lançados (contando este Here To Eternity) sempre apresentou resultados minimamente bons e na grande maioria dos casos, excelentes. 

E é no rol dos excelentes que este novo álbum se enquadra. São vinte as músicas deste lançamento, separadas em dois discos, por pouco mais de uma hora, mostrando que Ed Roland, seu irmão Dean e companhia tem muito à dizer, não em tempo de duração das faixas (nenhuma chega aos 5 minutos) mas sim em relação às influências que são notadas em cada uma delas.

Bob Dylan (Where Are You Today), único recorte ao vivo entre todas as faixas é um tributo ao próprio, Not The Same poderia estar em um álbum do Tom Petty e Matter Of Fact que traz uma batida Don’t Be Cruel – também pudera, o disco foi gravado na mansão da família Presley em Palm Springs – e a surpresa da ´britânica´ Sister And Mary com seu piano que bebe na fonte de McCartney, Mott The Hopple e também Supergrass, sendo que o piano – desta vez dedilhado – de Ed Roland aparece também na sensível Be The One.Ainda, o disco passeia pelas diversas fases da carreira da banda, trazendo as referências do primeiro trabalho na abertura com Mother’s Love e na sequência Bluer Than So Blue, essa com uma introdução de baixo incrível, cortesia do outro membro original além dos irmãos Roland, Will Turpin. O baixista também é destaque em outras três faixas, com a introdução de Hey Man, ditando ritmo em Kick It e também na épica Keep It On Track. A auto referência também está presente em Let It Flow, que poderia estar entre as faixas do antecessor, o excelente Vibrating, de 2022.

E voltemos às influências, do power pop na ótima Who Loves, e em especial de Americana e o Folk Rock de bandas e artistas como Eagles e Neil Young com La Dee Da, Bring On The Day, Words Away, Letter From E e na faixa final Over And Out

No meio disso tudo aparecem também, aquela que possivelmente é a melhor faixa do álbum, No Man´s Land, e as potenciais ´músicas de trabalho´ I Know You, You Know Me e Therapy. Sim, em uma MTV de 1994 possivelmente teríamos o clipe de uma delas sendo executado à exaustão ao longo da programação diária da emissora.

Se a MTV de outrora não existe mais para divulgação de clipes bem como, as rádios-rock se tornaram apenas uma sombra do que um dia foram para que este tipo de som fosse disseminado, ao menos o Collective Soul se manteve dignamente ativo, sem que tenha virado um pastiche como muitas outras bandas fizeram, resultando neste trabalho. Uma celebração sólida de três décadas de vida, que já nos deixa animados pelo que virá pela frente nos próximos anos.

Ouça Here to Etenity do Collective Soul

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