O Sugar é uma banda americana formada no início dos anos 90 pelo baixista David Barbe, pelo baterista Malcolm Travis e pelo guitarrista e vocalista Bob Mould.
Bob Mould é um dos grandes artífices do som do rock alternativo, por conta de seu trabalho no seminal Hüsker Dü, que lançou 6 discos entre 1983 e 1987, importantíssimos para a sonoridade tão em voga na década seguinte.
No início dos anos 90, após o fim do Hüsker Dü, ele voltou à ativa com outro power trio — o Sugar. O trio lançou apenas dois discos, a obra-prima Cooper Blue (1992) e o subestimado File Under: Easy Listening (1994), antes de se dissolver, e gerar uma já longeva carreira solo para Mould. Agora, após 30 anos de inatividade, o grupo retorna com música nova — “House Of Dead Memories” — e uma mini turnê de 4 shows. Não se sabe se desse movimento inicial pode surgir uma extensão da turnê, ou até mesmo um novo disco.
Bob Mould é praticamente o rei do power trio: sua carreira solo, que segue até hoje de forma bastante prolífica, também se mantém fiel a esse formato — baixo, guitarra e bateria. O primeiro disco do Sugar, o já citado Copper Blue (1992), chegou em um momento em que o rock alternativo estava em alta, logo após o boom do Nirvana. O álbum refina ainda mais a fórmula forjada por seu autor, marcada por guitarras altas e melodias fortes, próximas do power-pop.
O disco foi um sucesso dentro do circuito alternativo — não chegou a furar grandes bolhas, mas serviu para recolocar Mould nos holofotes, reafirmando sua importância para o gênero.
Depois de um período de instabilidade em sua carreira solo, com experimentações nem sempre bem-sucedidas, Mould voltou aos holofotes após participar do disco Wasting Light (2012) do Foo Fighters, na faixa “Dear Rosemary”. Talvez se aproveitando desse momento, o guitarrista voltou com força total ao formato que o consagrou, tendo lançando de lá para cá outros 6 discos, sendo o último deles Here We Go Crazy, no último dia 07 de março, com uma regularidade excepcional.
Levando isso em consideração, a volta do Sugar é uma boa surpresa de 2025. Como dito anteriormente, não se sabe se será apenas um retorno pontual, para fins de comemoração, ou gerará novos frutos. De qualquer forma, é uma ótima oportunidade para novas gerações conhecerem o som do trio — e, por consequência, descobrirem mais dos outros trabalho de um artista essencial para o rock alternativo moderno, tanto em sua carreira solo quanto, quanto no lendário Hüsker Dü.
