Venus and Mars – 50 anos de um clássico inesquecível do Wings

Para quem acompanha Paul McCartney nas redes sociais, já deve ter visto que, em março, será lançada uma edição especial comemorativa pelos 50 anos de Venus and Mars, do Wings. E, claro, não poderíamos deixar essa data passar em branco.

Quarto álbum da banda e sexto da carreira solo do ex-Beatle, o disco recebeu muitas críticas na época – como quase todos os lançamentos de Paul –, mas, com o tempo, acabou se tornando uma das obras mais admiradas do artista. Aliás, tirando Band on the Run, que foi unanimidade, todos os outros discos do Wings e do Paul nos anos 1970 foram subestimados pela imprensa e até por alguns colegas, apesar do grande sucesso comercial. Com o passar dos anos, esses álbuns passaram a ser mais bem compreendidos e reconhecidos pelos mesmos críticos.

Venus and Mars edição comemorativa de 50 anos. Foto: Universal Music

Venus and Mars até recebeu elogios, mas foi considerado inferior ao seu antecessor. Hoje, pode facilmente ser visto como um dos melhores dessa fase de McCartney. O novo disco trouxe outras sonoridades, mas também deixou a sua marca registrada.

O disco marcou a entrada de novos membros na banda: o guitarrista Jimmy McCulloch e o baterista Geoff Britton. As gravações aconteceram entre novembro de 1974 e o início de 1975, em Londres, Nova Orleans e Los Angeles. Durante as sessões, tensões internas levaram Britton a deixar o grupo após seis meses, e a banda precisou recrutar Joe English para finalizar o álbum – mais um episódio na constante troca de integrantes do Wings.

O single Listen to What the Man Said foi lançado em maio de 1975, seguido pelo álbum, que alcançou o primeiro lugar nos Estados Unidos, Reino Unido e vários outros países, vendendo mais de 4 milhões de cópias ao redor do mundo.

Para mim, Venus and Mars/Rock Show é uma das melhores aberturas de um álbum de rock na história – envolvente, cativante e capaz de deixar qualquer um querendo mais. Logo em seguida, temos a belíssima Love in Song e You Gave Me the Answer, com aquele charme vintage que Paul tanto adora (e nós também). Ainda no Lado A, Magneto and Titanium Man traz diversão, enquanto Letting Go se tornou um clássico, presente até hoje nos setlists de McCartney.

No Lado B, Spirits of Ancient Egypt traz Denny Laine nos vocais principais, enquanto Medicine Jar mostra o esforço de Paul em dar mais espaço para a banda. Mas o grande momento do disco, para mim, é Call Me Back Again – uma performance vocal de tirar o fôlego. Depois, temos o sucesso Listen to What the Man Said, seguido da gracinha Treat Her Gently – Lonely Old People e, para fechar, Crossroads, um instrumental do compositor Tony Hatch.

Se você nunca ouviu Venus and Mars, pare tudo e coloque o disco para tocar do início ao fim, prestando atenção a cada detalhe. Vale cada segundo!

Autor

    Uma resposta para “Venus and Mars – 50 anos de um clássico inesquecível do Wings”

    1. Avatar de Julio Mauro

      Ótima matéria e o início do álbum é daqueles que fazem você comprar o disco só por essa maravilha inicial

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